É bem verdade que permanecer casado até a morte não garante o Reino de DEUS nem ao marido nem a esposa. Muito menos se morrerem em segundo, terceiro, quarto casamento, com os primeiros cônjuges ainda vivos.
Mas um casamento firmado na Rocha, que é JESUS, estabelece a promessa de salvação para toda a família. Afinal, o que é ter um casamento firmado na Rocha?
Quando usamos essa expressão, afirmamos que DEUS é o SENHOR daquela família; que as vidas das pessoas envolvidas (marido, esposa e filhos) são submissas ao Evangelho de CRISTO e guiadas pelo Espírito Santo. Somente dessa maneira uma esposa e um marido poderão suportar todas as tempestades e crerem que apenas a morte desfará a aliança matrimonial. É a presença do Espírito Santo, como condutor da família, que garante a vitória frente às lutas e aos fortes obstáculos.
O apóstolo Paulo escreveu que o Amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:7). Observe bem: o AMOR. Paulo está se referindo à pessoa que tem esse Amor dentro de si. Em nenhum momento está se referindo a sentimentos, a emoções. Quem tem o Espírito Santo, tem o AMOR. E a presença DELE é a razão, a força, a fé, o sustento e o consolo para que casais licitamente casados aos olhos de DEUS possam chegar até o final da caminhada.
Por que os casamentos de antigamente duravam muito mais tempo que os casamentos atuais? Será que as lutas eram menores e mais fáceis de serem vencidas?
O que fazia os casamentos antigos durarem era o temor a letra envelhecida, uma questão educacional passada dos pais para os filhos. Dizia-se antigamente: “Casou? Agora aguente, suporte até o fim”. Então as famílias e a sociedade eram alicerçadas em cima de um ensinamento puramente conceitual, embora verdadeiro, e que levava os casados a pensarem duas vezes antes de decidirem por uma separação. A letra produzia muito efeito nos lares dos religiosos. Hoje, nos tempos do divórcio e da apologia à separação, a educação que se recebe é radicalmente diferente daquela de antigamente: “Se não der certo, separe!”. Além da frouxidão e da permissividade das leis, há a conivência dos próprios familiares com a separação. Embora o Espírito Santo diga hoje “Eu detesto o repúdio” (Malaquias 2:16), as pessoas que não O possuem dentro de si, não conseguem ouvir a Sua voz, e terminam seguindo mesmo aqueles conselhos herdados dos pais que devem se separar como forma de fugir do sofrimento. Muitas vezes até sabem que estão desagradando a DEUS, mas também com os ensinamentos equivocados de Graça e de salvação que lhes foram repassados por algum líder, preferem aventurar-se nessa decisão extremamente perigosa e creem, mesmo assim, que algum dia irão adentrar no Céu.
A instituição casamento só poderá estar firmada na Rocha, se os cônjuges estiverem.
Como disse antes, as esposas religiosas de antigamente suportavam os pecados dos maridos porque a letra causava um temor muito mais eficaz do que o Espírito causa nas esposas de hoje, que se dizem cristãs (mas na verdade não causa porque o Espírito não habita nelas e, assim, não pode haver temor). Elas não se separavam com tanta frequência com medo do abandono dos pais, do olhar recriminatório da sociedade e dos tristes conceitos que viriam sobre elas. Hoje, nos primeiros desajustes, a primeira palavra que suscita na mente dos casais é: separação.
Qual esposa ou marido, hoje em dia, com a mente contaminada pela simplicidade do divórcio, casado (a) com alguém não temente a DEUS, suportará até a morte uma convivência extremamente difícil e opressora? Desiludidos (as) com templos, com as heresias que são ensinadas, sem pastores para lhes guiarem, sem apoio da família, da sociedade, vão cambaleando da forma que podem. Ou pedem para morrer, ou se entregam a permissividade pecaminosa do mundo e dos templos e adentram também em novos relacionamentos.
Quem tem o Espírito e é extremamente obediente, entende a razão do deserto e segue até o fim na caminhada. O deserto é lugar de bênção, de transformação, de conquistas. Mas quem não tem o Espírito, murmura, blasfema, grita, reclama, e termina por morrer. Continua fielmente a frequentar templos, mas ainda assim, diz: “Pastor, não aguento mais; acho que vou desistir”.
No deserto, a pessoa tem que tirar o olhar do cônjuge e do problema, e olhar apenas para JESUS; ser guiada pela autoridade que o SENHOR constituiu, aquele que vai guiá-la ao fim de tudo.
Há muitos que veem o cônjuge voltando para a casa, mas sem transformação alguma de ambas as partes, sem base, sem alicerce algum, depois de um tempo, nova frustração acontece, o repúdio volta a se tornar realidade. Daí, ressurgem os velhos sofrimentos. E o viver, que deveria ser bênção, transforma-se numa gangorra, com mais baixos do que altos.
Amados irmãos, sozinhos vocês não chegarão a lugar algum. É preciso que obedeçam no deserto para serem transformados, não pelas dores, mas pelo Espírito de DEUS; e se tornarem firmes na Rocha.
A grande obra começará na vida de cada um de vocês, por obediência. Depois, de forma milagrosa, na vida dos seus cônjuges. Só assim haverá restauração, casamento até a morte e salvação, que é o mais importante.
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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