O presente versículo consta na primeira epístola que o apóstolo Paulo escreveu à igreja amada de DEUS, instalada em Corinto. Na Bíblia Sagrada, exatamente é o primeiro versículo do capítulo onze. É sobre a importância desse texto que vamos refletir esta semana.
Imitar Paulo. Afinal, quem foi Paulo para que exortasse ao povo cristão a imitá-lo? O que o teria feito de tão importante no ministério para que pudesse ser imitado em suas ações?
A maneira como o homem judeu Saulo de Tarso (era assim que se chamava. Tarso era uma cidade da região da Cilícia, próxima a Listra, para o Norte, e a Antioquia, para o Sul) foi alcançado pela Graça do Nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO é um dos relatos mais pungentes da História da Humanidade. Procure conhecê-la. Saulo era perseguidor da igreja de DEUS e causou grande mal. Ele sabia que tudo o que fizera era errado, mas insistia em viver com uma consciência aprisionada. Foi por essa razão que JESUS lhe disse: “(…) dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (Atos 26:14). A primeira menção feita a Saulo foi por ocasião da morte de Estevão: “Também Saulo consistia na morte dele. Fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém (…)” (Atos 8:1). No mesmo capítulo 8 está escrito: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (vers. 3). Após pedir autorização ao sumo sacerdote para açoitar os cristãos que viviam nas sinagogas de Damasco, o jovem Saulo, em sua viagem, foi cercado de um grande esplendor de luz do céu que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele disse: Quem és Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos 9:4-5). A partir daí, o ex-perseguidor dos primeiros cristãos se tornara um apóstolo convertido pelo próprio CRISTO. Foi a ele que JESUS fez revelações diretas da verdade e lhe entregou a doutrina da Igreja. Foi conferido, inicialmente, para pregar aos gentios, enquanto Pedro, aos judeus. Certamente, por essa experiência pessoal com JESUS, que Paulo se torna a personalidade mais importante do Novo Testamento assim como Moisés (tendo a mesma experiência numa sarça de fogo) se tornou para o povo judeu no Antigo Testamento. DEUS escolhe pessoas aparentemente sem condições alguma de servi-lO e as transforma em ministros de grande capacidade. Tanto em Paulo quanto em Moisés vimos seres de dura cerviz serem transformados nos maiores líderes da igreja. Paulo escreveu 13 cartas, intituladas epístolas ou cartas paulinas, sendo que 9 dirigidas às diversas igrejas dos mais variados lugares; e 4 a pessoas específicas. Muitas dessas cartas foram escritas à época em que o apóstolo esteve preso e todas foram exclusivas para o povo convertido, salvo, amado de DEUS. Sobre as aflições que sofreu por divulgar a Graça de JESUS, escreveu em 2 Coríntios: “cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um (isso corresponde a 195 chicotadas). Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de assaltantes (…), em perigos entre os falsos irmãos (…), em fome e em sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez” (11:24-27).
Paulo, sobretudo, foi um homem simples e ensinava com simplicidade, tendo o maior cuidado para não se exaltar. Ele sabia, em sua humildade, que tudo o que recebera era de DEUS e para Glória Exclusiva do Nome dEle, devendo assim estar muito preparado tanto para cuidar dos muitos problemas externos que se levantavam contra ele, como dos problemas entre os seus irmãos da fé. As cartas, por si só, já eram prova incontestável desse cuidado, alertando a igreja a se guardar de três grandes males: da carne, da vaidade e das falsas doutrinas. Falou muitas vezes ao rés-do-chão sobre coisas simples para jovens, idosos, maridos, mulheres e líderes das igrejas, convidando-os à santificação. Ele tinha consciência de sua grande missão e da necessidade de manter-se um testemunho agradável a DEUS: “não damos nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado” (2 Coríntios 6:3). É dessa consciência, e não trazendo exaltação para si, que ele afirmou: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11:1). Imitar Paulo significa, então, manter uma consciência cristã, um falar e um agir dignos da vocação a que os verdadeiros cristãos foram chamados. Tratar a todos com amor, como ele também ensinou, inspirado pelo Espírito Santo de DEUS: “o amor é paciente, é benigno. O amor não inveja, não se vangloria, não se ensoberbece. Não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13: 4-7). Imitar Paulo representa se espelhar na suas ações, fundamentadas em CRISTO JESUS. Jamais pode se compreender esse conselho paulino como uma justificativa de adoração. Em Efésios, o mesmo Paulo, utilizou um versículo muito parecido com este que serve de tema a nossa reflexão para afastar de vez qualquer possibilidade de idolatria ao seu nome: “Sede, pois, imitadores de DEUS, como filhos amados” (5:1). Como também no livro de Atos está mais do que claro a rejeição do apóstolo a essas atitudes de adoração a ele: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós (ele e Barnabé) também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (Atos 14:15).
Paulo nos ensinou a lidar uns com os outros, tratou de relacionamento cristão, nos fez participantes de suas fraquezas, dificuldades e aflições, e com experiência própria, soube, como poucos, transformar todas as adversidades em esperança de redenção, afirmando que “em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e a sua profunda pobreza transbordou em riquezas de sua generosidade” (2 Coríntios 2:8). Paulo dormiu em CRISTO, tragicamente, quando do incêndio de Roma provocado pelo imperador Nero. Imitemos, sim, Paulo, sem medo e “observai os que andam segundo o exemplo que tendes em nós” (Filipenses 3:17). Glórias ao Senhor JESUS!!!!
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça” e “Antes que a Luz do Sol escureça”. Também é líder do Ministério Interdenominacional Recuperando Famílias para Cristo.
Queria saber se tem algum respaldo biblico sobre a morte de Paulo, se é este que acabei de ler, Paulo dormiu em CRISTO, tragicamente, quando do incêndio de Roma provocado pelo imperador Nero. não foi com espim na carne?