Nos últimos meses me debrucei sobre a excelente obra “O Livro dos Mártires” de John Fox, um puritano protestante inglês, nascido no princípio do século XVI, precisamente 1516.
A sua supracitada obra registra os sofrimentos e morte dos cristãos primitivos e faz uma narrativa até os primeiros protestantes. O curioso é que nas 449 páginas distribuídas em 22 capítulos não se vê referência alguma à morte e ao sofrimento de alguma mártir mulher, com cargo eclesiástico, sacerdotal, pastoral sobre a igreja.
Nem mesmo antes de Constantino e do controle da religião católica romana. Porque o próprio DEUS, na pessoa de JESUS, apesar do amor que tem por todas as almas, independentemente do sexo, estabeleceu uma ordem hierárquica na terra muito diferente do que vemos hoje na “igreja cristã” moderna. A pessoa do DEUS santo, justo e perfeito abomina a elevação da mulher à função de pastora ou a qualquer outra liderança.
JESUS, enquanto peregrino nesta terra, teve muita compaixão e amor pelas mulheres. ELE não se fez soberbo e quebrou o silêncio que separava judeus de samaritanos ao lado do poço de Jacó, oferecendo Água viva (ELE mesmo) a uma samaritana. Também foi à casa da sogra do apóstolo Pedro para curá-la de uma grave enfermidade. Adiante, recebeu uma pobre mulher adúltera, humilhada e execrada pelos fariseus da época, que queriam apedrejá-la. JESUS a amou, perdoou e deu uma nova vida com ELE.
Não tenho dúvida alguma de que Nosso SENHOR amava e ama as mulheres. Nem ninguém deve ter. Mas, por que, estando ELE rodeado de mulheres abençoadas, não escolheu nenhuma para fazer parte do Seu Ministério apostólico? Por que não lemos nenhuma mulher como apóstola, bispa, presbítera, pastora, sobre as igrejas cristãs primitivas? Por que a história registra a trajetória dos Pais Apostólicos dos primeiros séculos e não das mães apostólicas?
Aliás, nem no princípio da Reforma Protestante tal função era aceita. A resposta é uma só: PORQUE O MINISTÉRIO PASTORAL FEMININO É CRIAÇÃO MODERNA, oriundo dos movimentos feministas mundanos, que adentraram no âmago de denominações religiosas protestantes, que não tinham nenhum compromisso com a Palavra de DEUS.
O próprio conselho do apóstolo Paulo para o irmão Timóteo, que era líder da igreja em Éfeso, traduz com perfeição o sentimento do Espírito Santo acerca da questão:
“Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras. A MULHER APRENDA EM SILÊNCIO, COM TODA A SUJEIÇÃO. NÃO PERMITO, PORÉM, QUE A MULHER ENSINE, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio” (1 Timóteo 2:8-12).
Agora, veremos o que o mesmo apóstolo escreveu para a igreja em Corinto:
“As vossas mulheres ESTEJAM CALADAS NAS IGREJAS; porque não lhes é permitido falar, MAS ESTEJAM SUJEITAS, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos, PORQUE É VERGONHOSO QUE AS MULHERES FALEM NA IGREJA. Porventura saiu dentre vós a Palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo SÃO MANDAMENTOS DO SENHOR. Mas, se alguém ignora isto, que ignore” (1 Coríntios 14:34-38).
É claro que há orientações de Paulo para a igreja que foram meramente culturais, como o uso do véu. Mas a orientação para as mulheres permanecerem em silêncio nas igrejas, não. Paulo eleva tal conselho a Mandamento de DEUS, ou seja, universal e atemporal.
A principal função da mulher, delegada por DEUS, é a de se sujeitar. Essa estreita sujeição é reflexo do pecado original, ocasionado primeiramente pela mulher, como bem explicou Paulo: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (1 Timóteo 2:13-14).
Há no mínimo 4 níveis de submissão que a mulher precisa cumprir para ser uma mulher de DEUS:
1) o primeiro e o mais importante é o da sujeição a DEUS. Esse nível de sujeição não é exclusivo às mulheres, mas a todos que desejam agradá-LO (Tiago 4:7);
2) o segundo, ao marido. A submissão da esposa ao marido é um lado fundamental na boa consolidação do casamento juntamente com o amor do marido por ela. Vemos em Efésios 5:22-24, 1 Timóteo 2:11; 1 Pedro 3:1-6; Tito 2:5; Colossenses 3:18). Ao contrário disso, é motivo de o marido repudiar a sua esposa, se a mesma for rixosa, briguenta (Provérbios 21:19; 25:24);
3) Ao pastor que a acompanha diariamente, doutrina e disciplina: Hebreus 13:17;
4) À autoridade secular (Romanos 13:1-5 e 1 Pedro 2:18).
Fazendo uma análise fria e imparcial no Novo Testamento, veremos que as mulheres exerciam dons espirituais (Atos 2:17-18; 21:9; 1 Coríntios 11:5); oravam e profetizavam (1 Coríntios 11: 5-13); estavam presentes em ocasiões importantes como a crucificação (João 19:25; Marcos 15:40-41), e ressurreição de Jesus (João 20:1,11-18), na espera para a vinda do Espírito (Atos 1:13-14), na perseguição (Atos 8:3); acompanhavam equipes ministeriais, como no caso de Jesus (Lucas 8:1-3; Mateus 27:55-56; Marcos 15:40-41); faziam parte de casais que ministravam juntos, como no caso de Priscila e Áquila (Atos 18.26, e Romanos 16.3,4), e Andrônico e Júnia; destacavam-se no ministério prático de servir e ajudar os necessitados (como no caso de Dorcas, Atos 12:37-39, Febe que servia à igreja de Cencréia, Romanos 16:1, e várias outras, como, no caso de Maria, que “muito trabalhou por vós”, v. 6); hospedavam a igreja em suas casas, como a mãe de Marcos (Atos 12:12), e Lídia (Atos 16:40).
Mas não lemos nada sobre a ordenação pastoral feminina ou, independentemente disto, a mulher exercendo a função de líder sobre a igreja de JESUS. Tudo o que está acima relacionando é lícito e possível às mulheres fazerem, mas liderar, jamais.
No Antigo Testamento, mulheres foram usadas para abençoar o povo de Israel, mas também, em nenhum livro, O SENHOR DOS EXÉRCITOS delegou a elas a função de sacerdotisa. Inclusive, quando Moisés se deitou com uma mulher cusita e foi advertido duramente por sua irmã Miriã, DEUS desceu e repreendeu a esta e a Arão, colocando uma lepra sobre ela, deixando claro que não tolera a quebra da Sua hierarquia:
“E disse: Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes TEMOR de falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se. E a nuvem se retirou sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa” (Números 12:6-10).
Há vários argumentos e exposições, principalmente na Internet, de pessoas que defendem o contrário, que DEUS aprova a ordenação pastoral feminina, mas não encontraremos essa aprovação, por parte de DEUS, na Bíblia; nem nos sérios manuais que tratam da história e a vida da igreja, especialmente nos primeiros séculos.
No nosso dia a dia, encontramos várias “pastoras” ajudando, servindo, amando, socorrendo os necessitados e pregando mensagens lindas nos púlpitos, mas é preciso considerar que qualquer bondade que se faz, ignorando a hierarquia estabelecida pelo SENHOR DEUS, é abominável; não passam de meras manifestações e esforços humanos.
Ímpios também realizam obras sociais e socorro ao próximo maravilhosos, porém, se não se converterem ao DEUS vivo, a Sua Palavra, não irão para o Céu.
Exatamente são dois os fatores que deixam muita gente em dúvida, se é lícito ou não o ministério pastoral feminino: primeiro, as inúmeras e indiscutíveis benfeitorias realizadas por muitas dessas mulheres, que se dizem de DEUS. Segundo, a quantidade delas existentes nos templos denominacionais.
Mas não nos deixemos enganar. DEUS não se impressiona com meras benfeitorias nem com quantitativo. NOSSO SENHOR observa se as vidas estão conforme a Sua Palavra e os Seus Mandamentos. O conselho que dou é: rejeite qualquer subordinação à mulher pastora. Fuja!
É melhor perder a amizade aqui na terra (se isso, claro, acontecer) do que a salvação eterna, por compactuar com o erro alheio. Quando se tratar de liderança sobre a igreja de JESUS, somente homens.
E observemos que nem todos que se dizem foram ordenados por DEUS. Há muitos falsos pastores, avarentos, espalhados pelo mundo. Os tempos atuais são muito difíceis para a verdadeira igreja. Heresias se espalharam de tal maneira, que estão a enganar uma multidão. É preciso orar muito e buscar a presença de DEUS, pedindo-LHE discernimento para não cair em nenhum tipo de engano.
Amo as mulheres. Vivo rodeado por muitas delas abençoadíssimas. Somos todos iguais aos olhos de DEUS, mas temos funções diferentes. Não posso me omitir de mostrar a verdade de JESUS, especialmente quando se trata de um tema tão polêmico. Mulher pastora? Só se for de ovelhas, animal, como era Raquel…
Que o SENHOR DEUS nos abençoe e nos revista mais e mais de sabedoria!
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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