O casamento é uma instituição com vários lados, como uma casa com várias paredes. Mas há um lado que, apesar de muito comum, é extremamente obscuro, sombrio, doloroso.
Convivência conjugal alguma é válida quando, ao menos, uma das partes oprime, tortura, massacra e mata a outra. Não é pelo nome do casamento, não é pelo compromisso a uma aliança, ainda que seja a primeira de ambos, que um cônjuge terá que viver em “sagrado” inferno.
Acima do casamento está a PAZ. A palavra PAZ significa a presença de DEUS em nós. A manutenção da PAZ é mais importante que qualquer outra instituição, inclusive, da igreja. Casamento é satisfatório quando a PAZ é mantida na alma de ambos. É claro que desavenças, brigas, discussões ocorrem em qualquer convivência conjugal. Mas são coisas isoladas. Quando se tornam permanentes, há o extermínio da PAZ e essa convivência precisa ser interrompida o mais rápido possível.
Observe os versículos a seguir: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12:18); “Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a” (1 Pedro 3:11); “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14); “Mas se o marido descrente quiser se apartar, aparte-se. Neste caso o irmão ou a irmã não estará sujeito à servidão. Deus nos chamou para a paz” (1 Coríntios 7:15).
Há maridos (e eu quero falar especificamente deles), que se dizem cristãos apenas porque frequentam um templo denominacional, mas que são verdadeiros instrumentos de tortura, de massacre, de dor e de sofrimento na vida de suas esposas.
O curioso é que o caráter mau desses maridos só é revelado depois de alguns meses ou anos de convivência conjugal. São frios, manipuladores, ameaçadores. Imprimem tortura psicológica, possuem crises de ciúmes, impedem que as mesmas cresçam, estudem, trabalhem, e sejam colaboradoras financeiras do lar. Como sempre digo e escrevo: UMA COISA É FREQUENTAR TEMPLO DENOMINACIONAL; OUTRA, BEM DIFERENTE, É SER TEMPLO E MORADA DO ESPÍRITO SANTO.
As mulheres judias no tempo do Antigo Testamento não tinham opção de escolha dos maridos. Elas eram oferecidas pelos pais como produtos de pagamento de dote. Ainda que estivessem acostumadas a isso, tal prática não lhes permitia desfrutar do verdadeiro AMOR que nasce das relações naturais.
Essas mulheres antigas também sofriam muita humilhação pelas mãos dos seus maridos. Eles se faziam donos delas, como produto que se compra em algum supermercado, ou algum animal que pega para criar. Os maridos, assim como os de hoje, sem temor nenhum a DEUS, desejam manipular suas esposas como se elas fossem suas marionetes.
DEUS, através de Sua Palavra perfeita, fala, sim, que os corpos dos cônjuges são propriedades um do outro. Fala também que as esposas devem se submeter em tudo aos seus maridos como ao SENHOR. Mas, em nada disso, há a prerrogativa para que os maridos as maltratem, subjuguem e humilhem.
Todo vínculo de propriedade e de submissão, respaldado em DEUS, é fundamentado no AMOR, no respeito e no bom tratamento.
É doloroso, em algum momento do casamento, a esposa ter que olhar nos olhos daquele a quem ela acreditou que a faria feliz para o resto da vida, e dizer que não o ama mais, que vai embora de casa (talvez voltar para a casa dos pais). Porque onde existe opressão, o amor do casal sucumbe, esfria, desaparece.
É preferível a separação do que se ver, adiante, mergulhada na mais profunda loucura. Alguns, quando percebem que o reinado da opressão vai desabar, fingem cenas de arrependimento, como último recurso de manter a mulher sob os seus domínios.
A cada 2 minutos, no Brasil, uma mulher é agredida. O maior volume dessas agressões vem de dentro de casa, da parte dos seus maridos. Pior que uma agressão física é a dor da traição, da covardia que os maridos estabelecem sobre elas. A recuperação moral, emocional e psicológica dessas mulheres leva muito tempo. Algumas até nem se recuperam: passam o resto da vida sob os olhares dos fantasmas do sofrimento.
Falta DEUS na vida desses maridos. Falta conversão verdadeira. Falta caráter e tudo mais que contribua para que se tornem homens de verdade. Uma mulher não é qualquer coisa; e se tratando de esposa, mais especial se torna. Mulher é parte da carne do homem.
Quem a faz sofrer, agride a própria carne. A Bíblia a chama de “vaso frágil” para que o homem a cuide com carinho e cuidado e não para atirá-lo contra a parede.
Oro a DEUS para que esses monstros maridos se revelem cada vez mais e suas esposas sigam o caminho da PAZ: o caminho de viver em plena dedicação para o reino celestial.
Defendo o casamento, mas o casamento sadio, onde a PAZ resplandeça nos corações dos cônjuges e, na família, brilhe a presença do Espírito Santo. Porque DEUS nos chamou para a PAZ!
No Amor de DEUS,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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