Dilúvio tornou uma palavra muito conhecida, principalmente, depois do acontecimento bíblico nos tempos de Noé. Na ocasião, DEUS, após ordenar que o velho patriarca construísse uma Arca, enviou uma grande abundância de chuva por 40 dias para destruição do primeiro mundo por causa do pecado da humanidade.
Recentemente, as metrópoles de Recife e de Olinda tiveram dias de caos por conta de um forte temporal que caiu sobre essas duas cidades irmãs pernambucanas. Choveu, por seis horas ininterruptas, o suficiente para o mês todo. Eu, particularmente, fui uma das vítimas dessa chuva. Acordei-me às 5 horas com a casa toda inundada.
Foi tanta chuva que a rua asfaltada virou um rio e, dentro de muitas casas, a água alcançou a medida dos joelhos. Então comecei a clamar a DEUS por misericórdia. Graças ao SENHOR não é só na dor e no desespero que tenho feito isso. Mas, nesses momentos, o clamor se torna mais intenso:
“Ó, SENHOR, tem misericórdia de mim, que sou pecador, mas tenho um desejo enorme de Te agradar e de ser melhor todos os dias. Esconde minha alma em Teu coração, DEUS meu, e me salva”.
O resultado da intensa chuva nas cidades pernambucanas foi de muita perda material, morte e destruição. Pelo menos oito pessoas perderam as suas vidas por conta do desabamento de barreira e descarga elétrica. Na rua onde minha mãe mora, uma grande quantidade de móveis destruídos se acumulou em frente às casas.
O caos também se instalou pelas principais vias de acesso às cidades com crateras abertas, interdição e muito trânsito. No momento do temporal, minha mãe teve de abandonar a casa onde reside há mais de 40 anos e ser amparada por 2 homens que a colocaram em um primeiro andar próximo.
Não tenho dúvida alguma de que essas alterações naturais têm a mesma causa da época de Noé: os crescentes pecados, a desobediência humana. Só como comprovação dessa verdade, muitas pessoas vitimadas pelos estragos sorriram, comemoraram, beberam, festejaram, como se tudo aquilo fosse uma festa e não um ambiente de destruição.
Não vi um sequer clamar a DEUS e pedir misericórdia, reconhecendo-se pecador; nem mesmo um homem, que se diz pastor, e que apareceu no portão da casa onde eu estava. Aparentou neutralidade diante dos fatos e preocupado apenas com as perdas materiais.
Em um dado momento, vi parte do meu corpo submerso em água suja, imunda, contaminada. Passei boa parte do tempo reflexivo, pensando em DEUS e na humanidade que não se humilha diante DELE. Nem mesmo em momentos de intenso sofrimento como foram aqueles vivenciados.
Imaginei como foram os dias que antecederam o dilúvio do tempo de Noé e como a humanidade se comportou quando as fortes chuvas vieram e destruíram tudo. Deviam ter sorrido e festejado também, achando que se tratava de uma chuva passageira. Ao final do dilúvio, o que estava fora da Arca se transformou em cadáver e o mundo, em um gigantesco cemitério de corpos espalhados.
Há dois versículos no capítulo 6 do livro de Gênesis que faz doer a minha alma: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração” (5-6).
A maldade se multiplicara sobre a terra e toda a imaginação dos pensamentos do coração dos homens era só má continuamente. Meu DEUS, que espécie má e terrível! O homem, criado por DEUS, tornou-se inimigo dAquele que o criou. Por isso, o SENHOR chegou a se arrepender de tê-lo criado.
Será que vivemos em uma geração melhor que a de Noé? Acredito que não. Nem mesmo aquelas pessoas que professam a fé em JESUS, mas que vivem com o coração impregnado de pecado, conseguem agradá-LO.
O que faz a separação do homem com DEUS todos nós já sabemos: o pecado (Isaías 59:2). Esse mal também é aquele que mata o homem em todos os sentidos e o proporciona a condenação eterna. A questão do pecado por si só já é muito grave; mas, sem o reconhecimento por parte das pessoas pecadoras, torna-se maior ainda.
A falta de temor a DEUS conduz o homem a estágios de degradação total e absoluta. O temor funcionaria como um freio, um fracasso às aspirações pecaminosas. Mas o coração do homem não tem o menor desejo de buscar e agradar o SENHOR. Os melhores homens do mundo sem DEUS são tão terríveis quanto os considerados piores.
Sem DEUS, todos estão em um mesmo patamar de morte espiritual. Sem temor, o naufrágio da raça humana ocorre à velocidade da luz.
A humanidade precisa urgentemente parar de amar o mundo e o que nele há; assim como parar de procurar DEUS em templos religiosos e parar de adorá-LO nesses lugares. Ela precisa entender que o Espírito Santo quer habitar verdadeiramente nela e que, somente assim, ela poderá gerar verdadeiros adoradores, em espírito e em verdade.
Um só achou graça aos olhos do SENHOR (Gênesis 6:8); e este fora Noé. Noé recebera esse nome como profecia da parte do seu pai, Lamaque: “E viveu Lamaque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, a quem chamou Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou” (Gênesis 5:28-29). Através de Noé, DEUS ordenou a construção de uma Arca para salvação dos da sua família e algumas espécies de animais (Gênesis 6:14-22); revogou a maldição sobre a terra, embora a mesma continuasse má e perdida (Gênesis 8:21-22), e com ele fez uma aliança: “E eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós” (Gênesis 9:9).
Hoje, a Arca de nossa salvação eterna está em um só Nome: JESUS CRISTO. Só através DELE, alguém poderá ser regenerado de uma vida má e errada e ter esperança de vida eterna com DEUS. JESUS é a Arca, o Caminho (João 14:6), a Porta (João 10:7-9) pela qual só os justos entrarão, os santos e os fiéis, os remidos pelo Seu Sangue, que perseveraram em santidade até o fim (Mateus 24:13).
Enquanto o ser humano não reconhecê-LO como SENHOR e SALVADOR (sendo igreja verdadeira fora de templos e de religiosidade) e passar a viver apenas para ELE, outras desgraças o alcançarão e ele morrerá sorrindo, debruçado no pecado.
Por fim, quero louvar e agradecer a DEUS pelo grande livramento que ELE me proporcionou. Enquanto a água estava em meu joelho dentro de um dos quartos, ao tentar salvar o notebook onde escrevo e publico os textos para o Ministério, levei uma forte descarga elétrica a ponto de emergir uma forte claridade de mim e assustar um animal que estava próximo.
Fiquei, por breves segundos, com uma parte do meu corpo paralisada, mas clamei muito a DEUS; e ELE me salvou. Era para eu ter morrido, não tenho dúvida alguma disso, pois a descarga foi intensa sobre o meu corpo. Mas o SENHOR, mais uma vez, se compadeceu de mim e me deu grande livramento. Glória ao Nome DELE.
Em CRISTO,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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