Esse é, sobretudo, um texto escrito por alguém que acredita plenamente no verdadeiro Amor; no Amor manifestado por DEUS para a humanidade: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16); “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13).
Os dois versículos acima destacam a essência do Amor de DEUS pela humanidade. Mas também eles contêm duas informações que muitas vezes se tornam imperceptíveis à vista humana: no primeiro “para que todo aquele que nele crê”; o segundo “dar a sua vida pelos seus amigos”.
Crê em JESUS, na língua grega, significa submeter-se à vontade do Filho e do PAI, guardar todos os Mandamentos, renunciar ao próprio EU, suportar diariamente uma cruz e perseverar na santificação. Esses são os chamados amigos de JESUS. JESUS não quer amigos desobedientes, nem DEUS, “filhos” rebeldes, que fazem o que querem e andam da maneira que desejam.
O Amor de DEUS é manifestado em Sua Graça. A Graça de DEUS foi uma aliança eterna que ELE fez com o Seu filho JESUS CRISTO. A Graça é o próprio JESUS. É por essa Graça que os amigos de JESUS encontrarão a salvação, pois tiveram uma vida de obediência a Sua Palavra.
Porque a Graça não é um passaporte, um carimbo, (como muitos pensam) que as pessoas recebem para viverem de qualquer jeito, só porque, um dia, foram resgatadas pelo AMOR DE DEUS. Esse resgate precisa ser confirmado em nossa vida pelo exercício da obediência e santidade.
O sacrifício de JESUS será pleno e válido na vida daqueles que O obedecerem, ouvirem a Sua voz, atentarem e atenderem os Seus preciosos conselhos, chamados de “seus amigos”. Portanto, não existe amizade com DEUS estando preso a alguma religiosidade, ao pecado, ao mundo, a não negação do próprio EU.
O Amor é pleno e real na vida de todos quantos seguirem as pisadas do SENHOR JESUS e estará à disposição, até que ELE venha buscar a igreja, dos que desejarem se aproximar de DEUS, conhecê-LO mais e mais e se tornarem igreja.
Sobre o Amor de DEUS, o apóstolo Paulo escreveu: “E nos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. Em noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, PELO SEU MUITO AMOR COM QUE NOS AMOU, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Efésios 2:1-7) (grifo meu).
Esse é o testemunho do Amor de DEUS pelos seus amigos. Enquanto eles ainda eram amigos do mundo e escravos do pecado, JESUS morreu em uma cruz pela libertação deles (porque JESUS sabia que haveria um povo que nesta terra morreria na cruz com ELE em seus pecados e ressuscitaria com ELE como novas criaturas).
É preciso que tenhamos a compreensão perfeita, exata e precisa do AMOR de DEUS por nós. Fala-se tanto do AMOR DE DEUS, mas se esquece de que haverá um Tribunal de CRISTO, onde todos, cristãos e ímpios, deveremos comparecer: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10).
Esse Juízo, do qual comumente não se fala, está estampado nas páginas das Sagradas Escrituras, especialmente nas do Novo Testamento. Ele existe para confirmar se a pessoa dignificou ou não o AMOR recebido pelo PAI. Por isso, não se deve falar do AMOR recebido, esquecendo-se do Juízo de DEUS.
As duas coisas são muito importantes e essenciais à vida humana: uma para o resgate; outra como prestação de contas, sentença do que se fez ou do que se deixou de fazer. Pelo menos, em duas ocasiões, JESUS mostra a surpresa dos que se consideravam salvos, ao receberem a sentença condenatória no Grande Dia.
A primeira está em Mateus, capítulo 25, versículo 44 (“Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?”); e a outra está no mesmo Evangelho de Mateus, capítulo 7: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” (versículos 21 e 22).
O resultado do que essas pessoas entendiam como conversão foi frustrante. Em ambas as passagens, a sentença fora terrivelmente triste e surpreendente: “Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno…” (Mateus 25:45-46); “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós, que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23).
Todas essas pessoas exemplificadas no texto bíblico são modelos ruins de pessoas que foram resgatadas pelo AMOR, mas não viveram o AMOR até o fim. Como podemos receber algo tão precioso em nossa vida e não multiplicarmos? Ninguém se atreveria a dizer, na convivência religiosa do templo, que tais pessoas citadas no Evangelho de Mateus pudessem estar perdidas, mediante tantas obras maravilhosas nascidas das mãos delas (refiro-me as do capítulo 7). E da mesma forma será no Dia do Juízo: pessoas que se julgam salvas, que um dia foram resgatadas pelo Amor de DEUS, serão condenadas pelo caráter duvidoso que possuíam.
A Bíblia relata também que JESUS veio ao mundo, em amor, pelo povo judeu em primeiro plano, mas que esse povo não quis recebê-LO no coração deles: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ELE, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1:10-11). O AMOR DE DEUS não obriga ninguém a recebê-LO. JESUS, vindo de uma linhagem terrena judaica, não foi compreendido nem recebido pelos de sua pátria terrena nem os obrigou a fazê-los.
Vejamos: DEUS amou o povo israelita com um Amor eterno: levantou um libertador chamado Moisés para resgatá-lo (o povo) da escravidão no Egito. E por 40 anos Moisés esteve com aquele povo na travessia de um deserto, rumo a uma Terra Prometida por DEUS para o povo considerado DELE. Mas, em 40 anos, a multidão não quis conhecer esse tão grande Amor.
Viveu rebelde, desobediente, prostituindo-se, murmurando, embora armando tendas móveis para cultos ao SENHOR. Ao fim da jornada, lemos Moisés pedindo a DEUS para morrer por causa da desobediência do povo. E o povo se transformando em cadáver por ter feito escolhas erradas e não ter se santificado ao DEUS que o amou. Aquele povo fora resgatado pelo amor e condenado por sua desobediência.
Ao relembrar a trajetória do povo de Israel no deserto à igreja em Corinto, o apóstolo Paulo deixou a advertência:
“Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto. E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: o povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor. Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, E ESTÃO ESCRITAS PARA AVISO NOSSO, para quem são chegados os fins dos séculos. Aquele que está em pé, olhe não caia” (1 Coríntios 10:5-12) (grifo meu).
O AMOR os regatou do Egito, mas não obedecer a esse AMOR gerou desobediência, que gerou a morte e a condenação deles. Paulo estava advertindo a igreja para que não imitasse o modelo daqueles do passado.
O apóstolo Pedro foi outro que não se esqueceu de citar a Justiça de DEUS condenatória sobre aqueles que, no passado, preferiram viver uma vida dissoluta, entregue ao pecado. Nessa extensa narração do apóstolo, veremos que houve aqueles que começaram muito bem as suas caminhadas com DEUS: tementes, piedosos; mas que, ao final, perderam-se, porque se entregaram novamente às velhas concupiscências carnais:
“E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, E PONDO-AS PARA EXEMPLO AOS QUE VIVESSEM IMPIAMENTE; e livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (porque este justo, habitando entre eles, tinha a sua alma justa afligida todos os dias, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas). Assim, sabe o SENHOR livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do Juízo, para serem castigados; mas, principalmente, aqueles que, segundo a carne, andam em concupiscências de imundícia, E DESPREZAM AS AUTORIDADES; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades. Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando dos que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o galardão da injustiça; pois tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; eles são nódoas e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, DEIXANDO O CAMINHO DIREITO, erraram seguindo a Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça; mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, PARA OS QUAIS A ESCURIDÃO DAS TREVAS ETERNAMENTE SE RESERVA. Porque, falando mui coisas arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos escravos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto DEPOIS DE TEREM ESCAPADO DAS CORRUPÇÕES DO MUNDO, PELO CONHECIMENTO DO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, DESVIAREM-SE DO SANTO MANDAMENTO que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O CÃO VOLTOU AO SEU PRÓPRIO VÔMITO, E A PORCA LAVADA AO ESPOJADOURO DE LAMA” (2 Pedro 2:6-22) (grifos meus).
A todos os que um dia foram resgatados no AMOR e não permaneceram firmes nele, a escuridão das trevas lhes está reservada. RESGATADOS PELO AMOR, MAS CONDENADOS PELA DESOBEDIÊNCIA.
É por tudo isso, que somos advertidos a todo instante a perseverarmos em santidade e em obediência. Ser frequentador de templo (católico, protestante, ou de qualquer outra religião) não é garantia de salvação para ninguém. De repente, uma pessoa pode ter sido resgatada pelo AMOR, mas, por não vigiar e perseverar, enveredou no caminho da perdição, embora continue frequentando o templo e, à vista de todos, seja uma bênção.
Sempre digo que não há mais tempo de sair distribuindo por aí mensagens que são verdadeiras massagens no EGO das pessoas; anunciando apenas que DEUS é AMOR, ignorando a Sua Justiça. Tais mensagens, principalmente as compartilhadas nas redes sociais, têm cegado e iludido a muitos.
É tempo de propagar o Juízo iminente do SENHOR e exortar, especialmente os que se dizem cristãos, a se arrependerem dos seus pecados diariamente, a consertarem as suas vidas e a clamarem misericórdia a DEUS. Pois, uma coisa sempre ouvimos dizer, mas não atentamos muito: QUE DEUS É AMOR, MAS É JUSTIÇA TAMBÉM!
“(…) Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: o Senhor julgará o seu povo” (Hebreus 10:30); “E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; o qual recompensará cada um segundo as suas obras: a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; mas indignação e a ira aos que são contenciosos, DESOBEDIENTES À VERDADE e obedientes à iniquidade” (Romanos 2:2-8) (grifo meu).
Ora vem, SENHOR JESUS!
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
Comentários
Nenhum comentário ainda.