“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe – que é o primeiro mandamento com promessa – para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra”. (Efésios 6:1-3)
Alguém certo dia já escreveu que há uma grande diferença entre procriar e educar; que uma longa distância separa essas duas ações. A elas eu acrescentaria mais uma: salvar. Educar um filho, em qualquer tempo, nunca foi fácil. Nos dias atuais, então, torna-se uma missão árdua e muito penosa. É comum encontrarmos pais desesperados, vendo seus filhos enveredarem no caminho do erro, alguns até assistirem seus filhos serem presos e até mesmo mortos. Sentem-se de mãos atadas por não saberem mais o que fazer. O que fica provado é que religiosidade não tem livra os filhos dos caminhos da perdição. Filhos tementes à Palavra de DEUS, sim, são frutos obedientes aos pais.
A procriação é uma dádiva dada por DEUS para os pais depois do casamento. É um presente especial que fecha o ciclo da unidade familiar, iniciada com o marido e a esposa: “Conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e teve a Caim, e disse: alcancei do Senhor um homem. Tornou a dar à luz, e teve a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra” (Gênesis 4:1-2). Os filhos devem significar a continuidade da promessa de DEUS e da extensão de uma geração anterior, de um povo separado e escolhido, que constituirá o futuro da Igreja. É um sinal de que a geração dos pais, iniciada a partir da ramificação familiar, não deve se acabar. DEUS orientou a humanidade que há um tempo determinado para a concepção dos filhos, e que esse tempo é após o matrimônio, quando os pais já passaram pelos estágios necessários do amadurecimento pessoal, espiritual e familiar.
O segundo passo certamente é o mais difícil: a educação. Educar é construir a estrutura de alguém a partir de um conjunto de normas, costumes, idéias e preceitos; é influenciar o outro dentro de um contexto social. Os pais são espelhos imediatos dessa influência. Educar é preparar os filhos para enfrentar o mundo.
A terceira ação, acrescentada por mim, é, sem dúvida, a mais importante: a salvação da alma dos filhos. Parece estranho, mas uma educação exclusivamente voltada para as boas ações pode contribuir para que o filho não atinja o degrau da salvação. Explico: há pais que ensinam bons fundamentos de vida aos seus filhos como não roubar, respeitar os mais velhos, não matar, não mentir, ajudar ao próximo etc. (tudo isso é agradável a DEUS), porém não desenvolvem nas crianças e nos adolescentes a fé na obediência à Palavra de DEUS. É por isso que há ótimos filhos, moças e rapazes bem educados, inteligentes, com ótimas atitudes e boa fama, religiosos, mas que não são seguidores do Evangelho de CRISTO. Os pais podem e devem construir uma educação não só voltada para as boas ações, como principalmente no desenvolvimento de uma fé que os façam conhecer a Verdade e a Vontade do PAI Supremo: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6) e “Deus olha dos céus para os filhos dos homens, para ver se há algum que tem entendimento e busca a Deus” (Salmos 53:2). Nessa reflexão, você irá descobrir porque tantos pais se frustram com os filhos depois que esses atingem uma certa dependência na escala social e se tornam rebeldes e muitas vezes agressivos. Ao mesmo tempo, procurarei analisar cada uma das ações acima referidas (procriação, educação e salvação), orientando os pais principalmente na responsabilidade de conduzir bem os seus filhos e encontrar neles amigos abençoados.
1. Procriar
Por que DEUS estabeleceu um tempo específico de gerar filhos? Quais as conseqüências de quem se antecipa ao tempo determinado por DEUS? O livro de Eclesiastes mostra que “há tempo de nascer (…)” (3:2) e que o mesmo é regulamentado pelos ponteiros do relógio do Céu. DEUS nos ensina que o homem deve aprender a conhecer esse tempo e a se guiar por ele, mas não obriga o ser humano, por exemplo, a viver sempre debaixo do Seu tempo. O homem pode, sim, transgredir o tempo de DEUS, e isso é o que facilmente vimos no mundo atual. O tempo de gerar um filho precede a fases indispensáveis ao amadurecimento do pai e da mãe: namoro, noivado e casamento. Por trás dessas etapas de vida existe ainda a consolidação emocional, psicológica e financeira do casal. Observe que quando um filho nasce fora desse planejamento há uma profunda insegurança por parte de quem os gerou. Esse notório desequilíbrio é refletido não só no semblante do casal, mas na relação que ele mantém com os filhos: não saberá preencher lacunas nos filhos com aquilo que não fora preenchido antes neles (genitores).
A transgressão do tempo de DEUS gera pais e filhos problemáticos em suas relações: “Nós pecamos, como os nossos pais; cometemos iniqüidade, andamos perversamente” (Salmos 106:6). Em algumas vezes o trauma por não ter conseguido nos filhos o desejo esperado vai criando, com o passar do tempo, consequências tristes tanto nos pais como nos filhos: desentendimentos, acusações, brigas, perda de autoridade entre o casal, que geralmente culminam com separação e divórcio; nos filhos, comportamento agressivo, tendência a vícios, prejuízos no processo de ensino-aprendizagem, indisciplina no universo escolar, dificuldade na relação social etc. Ao contrário, pais que souberam vivenciar todos os estágios debaixo do temor a DEUS tendem a manifestar todas as boas características para que venham a ter filhos felizes e abençoados.
2. Educar
O marido e a esposa não devem educar seus filhos simplesmente com a educação que receberam dos seus pais. Por qual razão? O conjunto de nossas experiências compreende aquilo que apreendemos através dos nossos pais, do que vivenciamos (com as nossas próprias forças e descobertas) e, em alguns casos, também em cima do que lemos, considerando a evolução das épocas. Nenhum desses estágios tratado isoladamente provoca um efeito satisfatório no processo educacional de uma pessoa. Antes, todos agrupados devem ser revestidos dos ensinamentos de DEUS para a vida do homem. Pais cristãos devem ter muito cuidado para não educar seus filhos dentro de um sistema religioso alienante como também, por outro lado, ficar muito vigilantes quanto em conhecer a vida social dos filhos: escola, amizades, programas televisivos, Internet etc. O mundo está aí como uma força poderosa e contrária a tudo aquilo que ensina a Palavra de DEUS. Os filhos têm que ser ensinados a aprender, em cada fase da vida, a perceber o que lhe é útil e a descartar o que for prejudicial para a estrutura espiritual. Outro detalhe importante: a Bíblia orienta aos pais em disciplinar os filhos também com “varas”, mas só quando houver necessidade para isso: “O que retém a vara odeia a seu filho, mas o que ama a seu tempo o disciplina” (Provérbios 13:24).
Por exemplo: filhos que não obedecem mais através do diálogo e que comumente vivem a superar os limites estabelecidos. O pai ou a mãe que, nesse caso, nega bater no filho, está contribuindo para o seu mal: “Não retires a disciplina da criança; porque, se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno” (Provérbios 23:13-14). Uma boa educação depende de uma estrutura familiar consolidada e uma disciplina sábia. Reuniões familiares, passeios, refeições; ser um pouco criança, compreender as etapas de vida, expressar-se com zelo, carinho e amor e, sobretudo, estar sempre juntos na Casa de DEUS são requisitos indispensáveis a uma excelente estrutura educacional. Oscar Wilde, irlandês e um dos maiores escritores do século XIX, certa vez escreveu: “O melhor meio de fazer com que os filhos sejam bons é fazê-los felizes”. Esse certamente é o maior desafio que lanço aos pais para que, no futuro, vejam frutos maduros e coloridos florescerem.
3. Salvar
Depois da alegria de ser pai ou mãe e depois da satisfação de ver seus filhos bem encaminhados na vida, resta agora a alegria maior: a consciência tranqüila de que o bom zelo e a boa disciplina contribuíram para que os mesmos tenham suas almas salvas pelo Espírito Santo de DEUS. Um conselho importante é que todos os filhos, desde cedo, sejam educados no conhecimento e no temor a Bíblia Sagrada e na Santa Casa de DEUS. Ensiná-los, por exemplo, a ter uma vida diária dedicada a orações; em buscar primeiramente o reino de DEUS, colocando, inclusive, o Criador acima de quaisquer outras instituições. Fazer-se família de CRISTO na terra somente pelo caminho do arrependimento dos pecados, da confissão de JESUS como Senhor e Salvador exclusivo de suas vidas. Os filhos de DEUS das famílias no mundo têm procedimentos diferentes que os filhos do mundo, bem explicitado por JESUS em forma de parábola: “O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do maligno” (Mateus 13:38).
Creia nas promessas de DEUS para sua casa e para os seus filhos. Você que é pai ou mãe ore incessantemente pelos seus filhos. A oração é a chave da proteção e da bênção. Saiba que os anjos do diabo estão em alerta para destruir inicialmente todas as famílias da terra, a começar pelos filhos, porque sua desobediência contribui para a desestrutura de qualquer matrimônio, entregando o futuro da humanidade à desolação eterna. A promessa do Senhor é esta: “que os nossos filhos sejam como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade, e as nossas filhas sejam como pedras angulares, lavradas como colunas de um palácio” (Salmos 144:12). Amém, Senhor JESUS!!
FERNANDO CÉSAR – Evangelista; escritor, autor dos livros NÃO MUDE DE RELIGIÃO: MUDE DE VIDA!, PÓDIO DA GRAÇA e ANTES QUE A LUZ DO SOL ESCUREÇA. É líder do Ministério Famílias para Cristo.
Paz de DEUS irmão! Que benção Fernando esse estudo sobre filhos,uma glória. Tenho 2 filhos,uma mulher de 25 anos e um rapaz de 21 (que já é casado e tem filho). Meus filhos são maravilhosos,mais me deram muita dor de cabeça na adolescencia. Hoje já adultos e crente em DEUS,a minha vida mudou completamente em relação a eles. Esse estudo irá me ajudar bastante a tirar algumas dúvidas que eu tinha. Que DEUS abençoe a todos. O nome do Senhor seja sempre louvado,AMÉM.