“Por que um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Isaías 9:6
A cada dia 25 de dezembro as cidades se enchem de luzes. Fogos de artifício explodem no ar. As mesas estão sempre fartas. No comércio, multidão se comprime de olho na roupa e no sapato novo. Há um espírito de solidariedade no ar. Famílias inteiras se confraternizam. Amigos e inimigos dão-se as mãos e se abraçam. É Natal. O mundo ocidental para em comemoração ao nascimento de JESUS. Mas você sabia que é um erro histórico comemorar a data 25 de dezembro como sendo a do nascimento de JESUS CRISTO? Nem na tradição romana religiosa nem nos abusos mercadológicos, não há documento algum no mundo que prove que o Filho de DEUS tenha nascido nessa data. Nem mesmo na Bíblia Sagrada consta tal afirmação. A falta de indícios nos escritos sagrados sobre a data de nascimento de JESUS remete-nos à impossibilidade também de tentarmos compreender a diferença existente do calendário judaico com o romano. E por que a data de 25 de dezembro é utilizada como símbolo comemorativo desse nascimento?
A celebração do Natal antecede o cristianismo em cerca de 2000 anos. Remonta a época da Mesopotâmia antiga. Para o povo daquela região a passagem de ano (que os mesopotâmios chamavam de Zagmuk) representava uma grande crise. Eles criam que monstros do caos enfureciam a Marduk, seu principal deus. Assim, precisavam, em batalha, derrotá-los para que a vida na terra prosseguisse. Essa batalha durava 12 dias. Marduk precisava ser ajudado, em suas forças, pelo rei, que devia ser sacrificado. Para poupar o rei, um criminoso era vestido com roupas da realeza; sendo morto e levando todos os pecados do povo consigo. Somente dessa forma a ordem era restabelecida. Como a Mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, tal tradição natalina foi rompendo séculos e séculos. Os gregos celebravam o natal como a luta de Zeus contra o titã Cronos. Através da Grécia, o costume chegou aos romanos. Absorveram o costume do festival chamado Saturnalia (em homenagem a Satúrnio). Esse festival começava no dia 17 de dezembro e ia até 1° de janeiro do ano seguinte, comemorando o solstício do inverno, período de maior declinação austral do sol. E segundo os cálculos, o dia 25 de dezembro era a data em que o sol se encontrava mais fraco, pronto para recomeçar (nascer de novo) e trazer vida nova a terra. Nesse dia 25, dia do nascimento do sol, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava. Jantares eram oferecidos, árvores verdes eram ornamentadas com galhos de loureiros e muita luz para espantar maus espíritos. Também era comum a troca de presentes uns aos outros. Daí o termo natal (natalidade; nascimento). Daí a justificativa do dia 25 de dezembro. Após a Era Cristã, o Império Romano decidiu usar a data para comemorar o nascimento de JESUS (comparado com o sol, o astro rei). Mas tudo isso é pura lenda e tradição religiosa. Aliás, típica mistura de paganismo (culto de deuses e astros) e religiosidade, nada tendo a ver com a Verdade bíblica.
O nascimento de JESUS CRISTO não pode ser comparado com nada que o antecede nem com nada que o precede. A vinda do Messias esperado pelo povo judeu foi um plano de DEUS desde a criação do mundo e foi dito pela voz dos profetas: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Esse nascimento está diretamente relacionado ao propósito de DEUS de salvar a humanidade; ou seja, de possibilitar ao povo desobediente de ouvir a Sua mensagem redentora, antes executada pelas vozes dos profetas. A vinda de JESUS representou o confim de DEUS com o mundo. A partir de JESUS, todas as coisas passariam a girar em torno dEle, para Ele e por Ele. Não haveria outro jeito de o homem ser salvo dos seus pecados e fazer parte do reino celestial. A doação do Seu próprio Filho foi a maneira encontrada por DEUS de reconciliar a humanidade com Ele. A desobediência, os pecados eram tantos, que já O teriam afastado do mundo. E por isso o mundo precisaria de um Redentor. Agora não mais através dos profetas nem do sacrifício de cordeiros, mas do sacrifício, em forma de cruz, do Cordeiro de DEUS que nos livra da morte: “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Esse é o verdadeiro versículo natalino. Primeiro DEUS amou (não por merecimento da humanidade, mas por amor dEle); depois entregou o Seu Único Filho (nasceu da virgem Maria), reacendendo a esperança da redenção. Mas, segundo o texto bíblico, o homem ainda precisava fazer algo. E o versículo deixa claro que ele teria que crer em JESUS. Observe que a obra redentora de DEUS só tem efeito prático na vida de uma pessoa quando ela passa a ter uma atitude de fé no verdadeiro Messias. Tal atitude está relacionada com o seu arrepender-se de uma vida de pecados e a entrega total de sua vida ao Filho de DEUS. JESUS passa a ser o centro, o princípio e o fim na vida dessa pessoa. Esse, sim, é o verdadeiro e único sentido do Natal. E essa data não é apenas para se comemorar: antes é para ser praticada. Alegria sem entrega é pura vanidade. Não existe Natal sem atitude interior, sem novo nascimento. O Natal existe dentro de nós, e não fora, como apregoam muitos. Infelizmente as tradições religiosas estão cegando as pessoas da realidade e as afastando da salvação em JESUS CRISTO, dando-lhes uma ideia de contemplação externa.
Poderíamos resumir o Natal em três palavras: reflexão sobre o nascimento de JESUS, atitude acerca do nascimento e felicidade pelo nascimento. Quem sorri sem antes receber o prêmio da salvação é comparado ao homem insensato “que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, e deram contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda” (Mateus 7:26). Não se esqueça de que essas três características se cumpriram na vida da virgem Maria. O anjo Gabriel fora enviado por Deus à cidade de Nazaré para lhe anunciar as Boas Novas. Nesse momento, a primeira característica natalina se cumpre na vida de Maria: ela primeiro refletiu e, logo depois, perturbou-se com a notícia de que traria ao mundo o Filho de DEUS (pois até aquele momento não havia tido relação sexual com José – eram noivos-), estando provada, assim, a sua limitação humana. Logo após o anjo lhe respondeu: “descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o ente santo que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35). A segunda e terceira características do Natal em Maria estão dentro de um mesmo instante: momento em que recebeu a Palavra de redenção sobre a sua vida, declarando JESUS como o seu salvador e a alegria que sentiu devido a sua decisão: “Eu sou a serva do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra (…)” e “(…) A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois olhou para a humildade de sua serva (…)” (Lucas 1: 38 e 46). Maria viveu o Natal não quando gerou o unigênito de DEUS, mas quando passou a compreender as razões da vinda de JESUS ao mundo. Ela se tornara a mais bem-aventurada do seu tempo…
É claro que JESUS nasceu num determinado dia. Quis ELE que não soubéssemos para exatamente não transformarmos a data em esplendorosos festejos exteriores; perdendo o sentido real do que em nós seria mudança de vida, transformação interior, obediência, zelo, perseverança e amor. O melhor presente que você dará a si próprio é viver o Natal interiormente, compreendendo, aceitando e se alegrando em JESUS, o Filho de DEUS. Observe que as tradições religiosas ensinam exatamente o contrário: a viver o Natal de fora para dentro. Daí ser uma simples data, uma comemoração que logo passa e que não se traduz em mudanças concretas.
Natal, sem o sentido bíblico, é tradição religiosa misturada a paganismo; alegria exterior momentânea; é a sensação que brota no dia seguinte de que tudo permanece do mesmo jeito; é aquecimento de vendas no comércio; são luzes que colorem espaços, mas que deixam o interior vazio, sem a Verdadeira Luz; é farisaísmo; hipocrisia; incerteza; utopia que a cada dia vai construindo diante dos nossos olhos um mundo cada vez mais miserável, de guerras, de ódio, de fome, de sede e de nada.
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é líder do Ministério Famílias para Cristo.
Bom dia !!
Passando pra dizer o quanto você é usado e abençoado por Deus! seus artigos são extremamentes edificantes, me ajudam muito, os versicurlos que recebo por celular também!
Deus te abençõe grandemente Fernando, vc faz um lindo trabalhado e é bastante visivil como vc entende do assunto, como tem autoridade e sabedoria ao escrever todos esses artigos, agradeço a Deus pelo o Espírito Santo de Inspirar tanto e nos abençoar com seu trabalho!
Fica com Deus!