Algumas pessoas me questionam por que tenho tanta aversão ao divórcio. Vejo nessa instituição civil a mais nefasta razão para a destruição das famílias, dos indivíduos envolvidos e de toda a humanidade.
O divórcio aparece na lista das coisas que DEUS odeia, juntamente com os ímpios (Salmo 11:5), os difamadores (Zacarias 8:17) e os ídolos (Deuteronômio 16:22), assim como é dito em Malaquias 2:16: “Porque o SENHOR, o Deus de Israel, diz que odeia o repúdio (divórcio) e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o SENHOR dos Exércitos…”.
O termo odiar ou ser odioso, no hebraico, exprime uma atitude emocional repugnante contra algo que tenta ferir ou destruir um projeto criado por DEUS, e, por isso, precisa ser combatido, detestado ou desprezado.
O divórcio é radicalmente contrário à vontade de DEUS. Assim, qualquer homem que tenta, ao menos, amenizar os seus graves efeitos, torna-se cúmplice, negligente e inimigo do SENHOR.
O divórcio é um veneno que se injeta contra a família e que atinge a todos (filhos e parentes mais próximos principalmente). Até mesmo aqueles que não fazem parte diretamente dela, como amigos, irmãos na fé e a sociedade no geral são afetados por seus efeitos.
As investidas a favor do divórcio aconteceram quando o casamento foi concebido como um contrato social, perdendo a essência exclusivamente divina pela qual foi criado. O divórcio e suas tristes consequências existem, por permissão divina, como pena à distorção, realizada pelo homem, do projeto original de casamento instituído pelo SENHOR.
Historicamente, encontro uma séria e fundamentada razão para também ter aversão ao sistema religioso protestante. O Protestantismo, com suas múltiplas denominações (e raríssimas exceções), foi o pai do divórcio no mundo e no Brasil, opondo-se à dissolubilidade do casamento apenas na morte, definida pelo SENHOR JESUS e pelos apóstolos (Romanos 7:2-3 e 1 Coríntios 7:39).
Nos dois primeiros anos da Reforma, Martinho Lutero até que defendeu a dissolubilidade do casamento apenas na morte em alguns dos seus sermões, chegando a afirmar, da mesma forma que DEUS, que odiava o divórcio. Nos anos seguintes, entretanto, e já contaminado pelos ideais humanistas de alguns reformadores, como Erasmo de Roterdã, passou a defender o divórcio em caso de adultério, a partir de uma interpretação errada de Mateus 19:9.
A Revolução Francesa representou o marco da contaminação do divórcio em muitos países ocidentais, especialmente naqueles onde o Protestantismo ia ganhando força. No Brasil, no dia 28 de junho de 1977, dia da votação da Lei do Divórcio, muitos congressistas leram, em Plenário, cartas escritas por pastores protestantes incentivando-os a aprovarem a referida Lei, além do apoio irrestrito do Presidente da época, Ernesto Geisel, que sancionou, sem vetos, a Lei 6.515, em dezembro daquele mesmo ano.
Só para saber, o referido Presidente se declarava protestante. A relação do divórcio com o Protestantismo é íntima e já se estende por muitos séculos.
Quase 40 anos após essa fatídica aprovação, as lideranças protestantes (repito: com raríssimas exceções) continuam a ser as principais incentivadoras do divórcio e do recasamento de pessoa divorciada no Brasil e no mundo, levando uma multidão à morte espiritual e ao distanciamento do Espírito Santo, embora cultuando a DEUS dentro dos seus templos religiosos.
JESUS certa vez afirmou: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12:30). Quem defende o divórcio e o recasamento de pessoa divorciada, portanto, torna-se contra o SENHOR JESUS.
Assim, como o Catolicismo Romano, muitos anos depois, ter pedido perdão à humanidade por ter participado do Holocausto contra os judeus na Segunda Guerra Mundial; o Protestantismo, através de suas lideranças, deveria fazer o mesmo, em relação ao divórcio, em um gesto de humildade e de reparo a um mal criado há tantos séculos, pois o divórcio já ceifou e ainda ceifa um número infinitamente maior de almas que o Holocausto alemão.
Todas essas lideranças deveriam pedir, humilhadas, perdão a DEUS pelos erros cometidos (embora muitos dos quais sejam irreversíveis) contra as pessoas e as famílias; e passarem a se posicionar radicalmente contra o divórcio. Infelizmente, ainda há pessoas tolas, sem conhecimento algum, vitimadas pelo divórcio, que ainda continuam a caminhar ao lado daqueles que contribuíram e contribuem para esse mal, como se deles dependessem a sua salvação.
Por tudo o que aqui foi exposto, costumo dizer que a igreja de JESUS não é comprometida com sistema religioso hipócrita e herege algum.
É bem verdade que o divórcio é uma realidade em nossos dias e muito comum, mas, nem por isso, devemos aceitá-lo, nem defendê-lo, muito menos amenizá-lo. Ao contrário, os verdadeiros cristãos de hoje devem manter o mesmo ânimo no coração que JESUS e os apóstolos tiveram contra qualquer expressão de repúdio, destruição familiar e recasamento; e defenderem uma vida de santidade diante de DEUS.
É impossível uma pessoa que se diz cristã, divorciada do primeiro cônjuge, recasada com uma nova pessoa, querer ser santa. Ela precisará se afastar do estado adúltero que se encontra, pedir perdão a DEUS e passar a viver em uma vida de santidade ao SENHOR.
O divórcio foi criado por aqueles que não tinham temor algum de DEUS e colocaram seus corações à disposição do diabo. Consequentemente, ele é irmão da mentira e do engano. DEUS, no alto de sua imensurável santidade, jamais tiraria de uma obra satânica uma exceção aprovadora para os seus filhos, como muitos pensam em relação ao adultério.
O adultério cria uma mácula no leito matrimonial; o divórcio destrói completamente esse leito. O adultério é um grave golpe contra o casamento; o divórcio incute, na cabeça das pessoas, a mentira de que o casamento acabou para sempre e, assim, elas estão livres para adquirirem um novo.
O adultério abre uma ferida no relacionamento de um casal casado; o divórcio contribui e incentiva para que surjam novos adultérios. No adultério, sem a separação, a possibilidade de perdão é grande; no divórcio, essa possibilidade quase se reduz a nada, porque outros já estarão completamente envolvidos emocional e sexualmente com novas pessoas.
Mas, tanto para o adultério como para o divórcio, DEUS é a solução! O Sangue de JESUS apaga todas as transgressões na vida de todos aqueles que O buscam E SE AFASTAM DO MAL. Há solução para todo aquele que procura a santa presença do SENHOR!
Recentemente, perguntei a um famoso escritor pernambucano, em uma Feira de Livros em Pernambuco, o que leva os casamentos atuais não durarem quase nada (ele está casado com uma mesma mulher há mais de 50 anos).
Ele me respondeu, sem titubear: o divórcio. Segundo ele, desde que os homens criaram essa porta, muitos buscam fugir dos seus problemas conjugais por ela. Antigamente, não existia essa porta; por isso, muitos eram toleráveis uns com os outros, respeitavam a aliança de casamento e procuravam resolver seus problemas entre si, sem, contudo, pensarem na possibilidade de abandonar o barco do matrimônio.
Depois que essa porta passou a existir, uma multidão sente-se motivada a entrar por ela. O nível de intolerância, desamor e impiedade alcançou uma proporção inimaginável, especialmente no coração daqueles que se intitulam filhos de DEUS.
O divórcio pode até trazer felicidade ao coração dos que o buscam; mas é uma felicidade que produz morte espiritual, completa ausência do Espírito Santo, opressão no espírito. O sábio Salomão escreveu: “Há um caminho que ao homem parece direito; mas o fim dele são caminhos de morte” (Provérbios 14:12; 16:25).
Esse caminho, que parece bom e que traz felicidade ao coração das pessoas, chama-se DIVÓRCIO. Mas o fim dele, são caminhos de morte eterna, de lago de fogo e enxofre.
Por tudo isso, vou morrer radicalmente contra esse mal, que tem destruído vidas e famílias. E não só me oponho a ele, como me oponho a todo aquele que o defende ou ameniza os seus efeitos. A estes, preciso afirmar, não são meus irmãos e não possuem o mesmo Espírito Santo que eu procuro preservar em mim.
Qualquer liderança religiosa que defende a bandeira do divórcio ou do recasamento de pessoa divorciada não provém do coração do PAI, mas dos homens, da carne e do diabo. Creio também que, depois de minha partida deste mundo, DEUS levantará outros homens sinceros que continuarão a defender a bandeira da Justiça, da Verdade, da santidade, das famílias, que DEUS, neste tempo, colocou em minhas mãos; e propagarão o DEUS restaurador.
Em CRISTO,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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