Dois homens. Dois malfeitores pendurados em uma cruz prestes a morrer. JESUS, o Santo Filho de DEUS, também pendurado entre eles. Eram três cruzes, três homens pendurados e três sentenças iguais.
Apenas um ia morrer sem culpa, sem pecado; derramar todo o Seu Sangue inocente e entregar a própria vida para que, os que cressem nEle, também pudessem se salvar:
“E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com Ele serem mortos” (Lucas 23:32).
JESUS CRISTO, antes de morrer, pediu que o PAI perdoasse aqueles que O estavam crucificando. Depois vieram torturas e humilhação pública. Em seguida, ouviu de um dos ladrões pendurados no madeiro, o primeiro:
“(…) Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós” (Lucas 23:39). Ao que, imediatamente, fora repreendido pelo outro, o segundo, que estava na mesma condição que ele: “(…) Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez” (Lucas 23:40-41).
Quero dar uma pausa aqui na narrativa bíblica e refletir um pouco sobre a condição espiritual daqueles dois homens que estavam pendurados em uma cruz ao lado do Filho de DEUS, prestes a morrer. Todos dois estavam igualmente perdidos espiritualmente.
É preciso que nós nos enxerguemos também assim. Eles eram ladrões. Outros, em nosso tempo, igualmente a eles; outros, adúlteros; outros, avarentos; alguns outros, idólatras; e por aí seguem em uma lista quase interminável de pecados. Cada qual construindo a sua cruz de morte, o seu caminho para o tormento eterno.
Há uma parte significativa da população que é espelho, reflexo, daquele primeiro ladrão.
Ele debochou, duvidou, zombou, ainda que estivesse preso a um madeiro e prestes a morrer. Nem essa condição fora suficiente para que ele olhasse para dentro de si e reconhecesse quem de fato era.
Há outra parte da população, bem menor, chamada IGREJA, que se enxerga por dentro, sem mascarar a sua qualificação diante de DEUS. Essa parte é o reflexo do segundo ladrão.
É um povo que peca, que cai e se levanta; mas que chora, que clama por misericórdia, que tem grande temor; enfim, que persevera, não para de lutar; ama o Reino de DEUS e um dia deseja fazer morada nele.
O primeiro ladrão fora arrogante, conformado com o fim que lhe estava proposto. O segundo ladrão, humilde. Reconheceu-se como tal, olhou para CRISTO morrendo ao lado dele e se enxergou naquela morte.
A morte de JESUS estava aniquilando a morte espiritual daquele segundo homicida. É como bem afirmou o apóstolo Paulo: “Estou crucificado com Cristo” (Gálatas 2:20).
Os que creem na morte de JESUS e na Sua conseguinte ressurreição com ELE, igualmente, serão crucificados na velha natureza e ressuscitados para uma nova vida.
Um cego só deixará de ser cego, se antes ele se reconhecer como tal. Isso serve também para os ladrões, os mentirosos, os adúlteros, os idólatras e todos quantos desagradam a DEUS dia após dia.
É preciso nos humilhar profundamente, rasgar o coração e dizermos a DEUS quem realmente somos.
Nada de máscaras, de falseamento, nem de quaisquer justificativas ou desculpas. O importante é abrir o coração diante do SENHOR de forma clara, direta e sincera: “Sou um miserável pecador e, por merecimento às minhas obras, deveria mesmo ir para o inferno. Mas tem misericórdia de mim, SENHOR, e reserva para mim, por meio de CRISTO JESUS, um lugar no Teu paraíso celestial”.
Há cegos que acham que não são cegos. São convencidos por suas convicções erradas e pecaminosas. Mas DEUS os vê como cegos. E sem o necessário reconhecimento, jamais encontrarão o Caminho que os conduziriam ao Reino. Antes, eles são como aquele primeiro ladrão, preenchidos na arrogância de suas vaidades pessoais e presos na desvalida condição espiritual que os atormenta.
Porém, há outros que deixaram de ser cegos porque reconheceram, humildemente, que as suas cegueiras eram resultados de uma vida distante de DEUS. Suas obras eram más.
Mas, eles não se conformaram com a condição de cegos e clamaram para que JESUS abrisse os seus olhos. E o SENHOR não só lhes abriu os olhos, como também fez uma promessa de vida eterna e de morada no Reino do PAI.
O segundo ladrão, no extremo de sua humilhação, pediu: “Lembra-te de mim quando entrares no Teu Reino” (Lucas 23:42).
Que alegria brotou no coração do Nosso SENHOR ao ouvir aquele pedido, partindo de um homem, que estava prestes a morrer como homicida!! O Filho de DEUS, então, respondeu-lhe: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43).
Aquele homem pôde ter uma morte tranquila. Ele descansou seu coração e a sua alma. Talvez até tenha pensado naquele instante em que faltavam segundos para ser crucificado até a morte: “Ah, agora podem me matar de qualquer jeito, de qualquer forma. Podem fazer qualquer atrocidade com o meu corpo; porque o meu espírito vai morar no Céu”.
A sua condição espiritual profundamente humilde, sincera, fez-lhe entrever os majestosos caminhos da glória, mesmo pouco antes de morrer.
Ao contrário, o primeiro ladrão fora cada vez mais oprimido pelos demônios e, assim, morreu muito longe do SENHOR JESUS. A condição espiritual daquele homicida era, como disse antes, de extrema arrogância e soberba; o coração endurecido.
Não importa como será a sua morte física: se de acidente automobilístico, se assassinado, se de enfarte ou de qualquer outra forma. O importante é se morrerá com JESUS ou sem ELE.
De que lado você quer estar? Qual dos ladrões, você quer ser reflexo da condição espiritual? Do primeiro ou do segundo? Ambos sabiam que, a qualquer instante, iriam morrer crucificados. Mas você, certamente, não saberá o que lhe está reservado no próximo minuto ou hora.
Não deixe que a sua arrogância humana e a sua soberba façam você morrer na condição espiritual em que se encontra.
Não morra como ladrão nem como filho do ladrão, que é o diabo. Morra como filho de DEUS, como justo e santo, e ainda hoje o Reino do PAI inundará a sua vida…
Em CRISTO,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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