“E disse-lhes uma parábola: pode, por ventura, um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova?” (Lucas 6:39)
Chega a ser vergonhoso o número de líderes que se dizem cristãos que estão alimentando as suas ovelhas com comida podre e estragada. Usam o nome de DEUS em vão, ensinam o que não convém, porque as suas vidas, os seus testemunhos, não condizem com a justiça e com a verdade de JESUS. Não querem renunciar ao erro, são cegos, e pensam que vão passar impunes face à Justiça de DEUS. Grande será o tormento, porque além deles, estão também conduzindo uma multidão ao abismo.
Refiro-me, especificamente, aos pastores e às doutrinas humanas e religiosas que admitem o divórcio e o segundo casamento. Como se pode enxergar a verdade quando não se deseja e quando a própria vida é um erro? Como podem ensinar aquilo que não vivem? Esse também é um dos fatores porque grande parte da igreja de CRISTO aqui na terra está tão arranhada, maculada, e sendo motivo de escândalos.
Tais escândalos públicos não ocorrem porque são esses líderes são muito santos e, assim, despertam a fúria de satanás, não. É porque são sujos mesmo. Jesus uma vez perguntou em forma de parábola: “pode um cego guiar outro cego?” O fim dessa comunhão todos já sabem: a cova, o abismo.
Tenho dito e repetido: DEUS não aprova por nada o divórcio e o segundo casamento, salvo em caso da morte do cônjuge. Somente. DEUS não dá o direito de ninguém se casar outra vez, estando vivo o marido ou a esposa (Romanos 7:2-3 e 1 Coríntios 7:39).
Se o relacionamento estiver insustentável, a esposa pode, sim, se separar do seu marido, mas apenas por um propósito de ajuste, sem que isso resulte em novo relacionamento com outra pessoa, mas que exista uma boa vontade de, no amanhã, regressar ao marido (1 Coríntios 7:11).
Se o marido for ímpio e a esposa for cristã, só poderá haver separação nesse caso se a atitude partir do marido, para que a esposa viva dias de paz (1 Coríntios 7:15). Nem em caso de adultério, de infidelidade conjugal enquanto casados, dá direito a um nem a outro pedir o divórcio.
Em Mateus 5:32 e 19:9, a expressão condicional que aparece em ambas as passagens se refere ao termo FORNICAÇÃO (PHORNOS, no grego). Infelizmente e por obra de mãos humanas, alteraram o termo FORNICAÇÃO por outros muitos termos, como ADULTÉRIO, PROSTITUIÇÃO, RELAÇÃO SEXUAL ILÍCITA etc..
O que JESUS explicou foi que o homem pode pedir a ANULAÇÃO DO CASAMENTO (e não DIVÓRCIO) quando descobre em pouquíssimo tempo de casado que sua esposa não é virgem, como ele pensava que fosse. Ou seja, a esposa esconde essa realidade do marido, pois ela FORNICOU enquanto solteira. Mas ainda assim deve prevalecer o perdão.
O que muitos líderes estão ensinando por aí às suas ovelhas? Estão pregando que em caso de adultério pode haver divórcio, o que não é verdade. Os casos de divórcio no Antigo Testamento foram todos contestados por JESUS (“eu, porém, vos digo…” e “no princípio não foi assim…”).
O que Moisés fez foi permitir que a repudiada recebesse um documento para não ser apedrejada e morta, prática comum à época da Lei. Mas essa não era a vontade de DEUS nem de Moisés. O patriarca antigo permitiu a entrega de tal documento “… por causa da dureza dos vossos corações” (Mateus 19:8).
Outra justificativa que usam nos púlpitos para justificarem um possível divórcio: o livre-arbítrio. Queridos, não vou me aprofundar aqui nessa questão, mas LIVRE-ARBÍTRIO, biblicamente falando, é a pessoa que pode fazer tudo que quer, é soberano em qualquer tempo.
O único que é SOBERANO e detentor de LIVRE-ARBÍTRIO é DEUS. Só ELE pode fazer com que o dia se torne noite; só ELE pode fazer o mar secar, uma figueira murchar e um morto ressuscitar.
Quando dissemos que temos LIVRE-ARBÍTRIO, pecamos. Porque nos colocamos à altura de DEUS, assim como quis fazer Lúcifer. O que DEUS nos deu foi uma liberdade restrita, liberdade de escolher, por exemplo, servi-LO ou não; de obedecê-LO ou não; de irmos ao culto ou não, enfim, uma liberdade limitada. Minha resposta é: a liberdade que DEUS nos deu existe tão somente para OBEDECÊ-LO. Não existe liberdade em CRISTO sem obediência.
Ora, o apóstolo Paulo bem afirmou quando disse que quem é livre das coisas do mundo, do pecado, escravo é da Justiça, da Verdade e do Senhor JESUS: “Fostes libertados do pecado e vos tornastes escravos da justiça” (Romanos 6:18); “Pois o que é chamado pelo Senhor, sendo escravo, é liberto do Senhor; da mesma maneira, também o que é chamado, sendo livre, escravo é de Cristo” (1 Coríntios 7:22). Há pessoas que se aproveitam dessa liberdade para fazer o que bem desejarem, como os ímpios. VOCÊ SE TORNOU LIVRE EM CRISTO PARA OBEDECÊ-LO.
Imagine a dificuldade que teria um pastor de abdicar de sua atual “família”, do seu segundo casamento (muitas vezes com filhos nascidos como frutos desse adultério) e passar a obedecer a Palavra de DEUS… Quem tomaria uma atitude dessa por Amor de CRISTO? O problema é que as pessoas não querem obedecer, não querem pagar esse preço, renunciar ao pecado, inventam mil desculpas; são presas as suas vaidades humanas, duras de coração, têm medo de perderem ovelhas, grandes dizimistas, cargos, salários pomposos etc.
No entanto, leiam a verdade: TODO AQUELE QUE UM DIA SE CASOU OUTRA VEZ, ESTANDO AINDA VIVO O SEU CÔNJUGE, ESTÁ DEBAIXO DE MALDIÇÃO, EM ADULTÉRIO (Marcos 10:11-12). E NENHUM ADÚLTERO ENTRARÁ NO REINO DE DEUS, seja ele pastor ou não (Apocalipse 21:8; 1 Coríntios 6:10; Tiago 4:4).
DEUS não faz nem fará acepção de pessoas nem de cargos no Grande Dia. Ninguém vai enganar a DEUS dizendo “mas, Senhor, eu curei tanto em teu nome, eu fiz isso, fiz aquilo, ganhei muitas almas para o Teu Reino; minha igreja tinha não sei quantos membros, onde quase todos eram dizimistas; era uma igreja famosa, e eu também fui presidente da denominação no Brasil…”.
A resposta a essas pessoas, nós já bem conhecemos: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23).
Meus amados irmãos, pensem comigo: vocês acham que DEUS daria uma responsabilidade de pastor a um homem que esteja em adultério? É isso que DEUS faria com o seu povo? DEUS permite para ver até onde esse homem irá chegar em termos de desobediência. Mas, creiam, ele não chegará a muito longe.
Sabem por quê? Porque o Nosso DEUS é santo, santo e santo e é especialista em trazer à luz as vergonhas e as podridões de todo aquele que usa o seu Santo Nome com o intuito de escandalizar, de aborrecer o Espírito de DEUS. Isso serve para mim, para você e para qualquer pessoa, independentemente se possui cargos ou não; se é famosa ou não.
Não se escandalizem: há muitos falsos pastores em nosso meio, semeando joio e mentiras. Mas a Bíblia nos alerta quanto à existência desses falsos mestres. Por isso, eu digo: leiam a Palavra de DEUS o máximo que puderem. E orem sem cessar. Peçam discernimento ao PAI. Toda confusão tem procedência maligna. DEUS não os deixará confundidos.
E a Graça de DEUS, que é JESUS, onde fica nessa história? E as suas misericórdias? A Graça e as misericórdias estão aqui a nossa disposição: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). A Graça e as misericórdias do Senhor existem para todo aquele que se arrepender e deixar o pecado. DEUS os perdoa!
Se o teu pastor está nessa situação de adultério, mostre em amor a realidade para ele na Palavra de DEUS, embora talvez ele já saiba, já conheça. Se ele não mudar, não consertar a vida dele, deixe imediatamente essa denominação e procure outra cujos líderes tenham maior e melhor compromisso com DEUS.
Durante a minha caminhada cristã, eu tenho conhecido grandes homens de DEUS e louvo a DEUS pela a vida de cada um. São homens imperfeitos, é bem verdade, mas que não são relaxados, relapsos, irresponsáveis, acomodados em seus pecados, como muitos que aí estão. Procure o caminho que te conduzirá à santidade em CRISTO JESUS.
E para todos os pastores e lideranças adúlteros deixo para sua meditação o que Paulo escreveu no livro aos Romanos: “Portanto, és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que seja, pois te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro, porque tu que julgas, fazes o mesmo. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, pensas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? (…) És guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei; tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu que dizes que não se deve adulterar, adulteras? (…)” (Romanos 2:1-3 e 19-22).
Que DEUS nos abençoe!
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é líder do Ministério Famílias para Cristo.
Concordo com o ilustre, pois alguns já não estão mais lendo a Bíblia pelos conceitos de Deus, ou seja, se acham donos das verdades da Bíblia. E tudo aquilo que era pecado e que eles pregavam contra, como no caso do adultério, eles se fazem de cegos. Mas, não adiante o homem pensar o que eles bem acham no dia do Juiz de Deus serão julgados por seus atos libidinosos diante do Deus Todo Poderoso e Justo Juiz da terra.