Dia das mães, segundo a tradição pagã, popular, está chegando. Ser mãe, em um tempo onde a família está sendo violentamente bombardeada pelos inimigos, não é uma tarefa fácil; especialmente quando os grandes inimigos das mães são os próprios filhos.
Daí é muito fácil perceber qual filho tem o coração convertido pelo SENHOR DEUS e qual se faz instrumento das ações do diabo para agir contra a pessoa que o trouxe ao mundo.
Filhos cristãos honram, amam e respeitam a mãe. Filhos, que são instrumentos do diabo, agridem, desonram, criam raízes de amargura, de tristeza e profunda decepção na alma de suas genitoras.
Filhos cristãos têm o coração preso naquilo que ordena o SENHOR DEUS: “Honrem suas mamães para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu DEUS te dá” (Êxodo 20:12).
O apóstolo Paulo não se esqueceu de tal importantíssimo mandamento quando se dirigiu à igreja em Éfeso: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no SENHOR, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a terra” (Efésios 6:1-3).
A honra às mães está diretamente relacionada ao tempo de vida nesta existência. Honrar compreende amar, respeitar, atrelado a um coração manso, sereno, impregnado de educação e temor a DEUS.
É claro que há filhos que tratam seus pais exemplarmente sem que haja conhecimento do Mandamento divino. Eu os chamaria de filhos da promessa de salvação. Como há filhos, que se dizem cristãos, frequentadores de templos, extremamente religiosos, que vivem a dizer “SENHOR, SENHOR”, mas que tratam suas mães pior que os ímpios.
Mães foram os instrumentos escolhidos por DEUS para trazer seus filhos ao mundo. DEUS as escolheu, assim como escolheu Maria para que JESUS CRISTO viesse ao mundo como homem. A família de Maria e de José, o carpinteiro, fora um modelo a ser seguido em nossos dias.
Noivaram, casaram e tiveram outros filhos. Ambos souberam educar suas crianças no caminho do SENHOR. Esse modelo familiar, envolvido no primeiro casamento de ambos e filhos nascidos frutos desse casamento, onde todos se respeitem e lutem juntos pela manutenção da família, é o ideal de DEUS. Mas, infelizmente, a realidade familiar atual é profundamente distorcida em relação ao formato originário.
O que assistimos é um baile de intolerância, agressões, infidelidade, falta de respeito entre os casais, em que tudo isso tem refletido negativamente na estrutura do caráter dos filhos. Depois, se separam, se divorciam, casam-se novamente e surgem filhos dessa nova relação. Famílias estruturadas realçam um futuro de paz, menos violência, seguro.
O contrário também é verdade. A estruturação de uma família passa necessariamente pelo cumprimento dos deveres estabelecidos por DEUS: maridos que amam suas esposas e se tornam exemplos para os filhos; esposas que se sentem amadas por seus maridos e desejam, por esse amor, se submeterem a eles, e, dessa forma, também se tornam espelhos para os filhos; pais que sabem educar os filhos na medida certa, sem despertar ira, disciplinando e corrigindo-os sempre que necessário; filhos que honram seus pais.
Não é preciso utilizar-se do meio da agressão quando algo estiver fora da rota. Agressões não fazem parte do modelo de família estruturada. Elas só criam amargura, dor, desesperança e não trazem solução alguma para os problemas. Ao contrário, tornam o alicerce familiar frágil.
Costumo dizer que nos conflitos entre mães e filhos não há vencedores, mas derrotados. Nesses embates agressivos não interessa quem tem razão, quem está com a verdade, mas quem silencia e promove a paz. Quando alguém, imbuído ou não de razão, agride-nos, o melhor caminho é o do silêncio.
Se as agressões se tornarem insustentáveis, afaste-se do agressor. Geralmente quem agride, busca ter um auditório particular (no caso, a pessoa agredida) e, imediatamente, a revanche desta. Essa troca contínua de agressões só causa um universo de feridas na alma.
Lembrando também que há palavras que machucam mais que a violência física. Esse é o intento dos inimigos espirituais: encontrar corpos disponíveis, especialmente no meio familiar, para levar dissensão, intriga e, consequentemente, destruição às famílias.
Filhos não são donos da verdade quando discutem e agridem seus pais. Pais não são donos da verdade quando agridem seus filhos. Não há vencedores nesta guerra, mas vencidos.
Muitas vezes, os filhos até defendem argumentos justos, corretos com os pais, mas quando passam a desrespeitá-los, a agredi-los, perdem a razão. Essa lógica também se aplica na relação entre maridos e esposas.
Desde o ventre, filhos foram prometidos para serem galardão dos seus pais (Salmo 127:3). Portanto, a natureza de mau filho transforma essa bênção em maldição. Como bem previu Agur: “Há uma geração que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe. (…) Os olhos que zombam do pai ou desprezam à obediência à mãe, corvos do ribeiro os arrancarão e os filhotes da águia os comerão” (Provérbios 30: 11 e 17).
A geração citada no livro bíblico é esta de agora. Filhos que para as suas mães são insuportáveis, rebeldes, impregnados de fúria, de ódio no coração; filhos que, a cada dia, estão mais e mais entregues as hostes infernais, dos que envergonham e destroem as famílias e têm seus dias abreviados neste mundo.
Não esperem pelo segundo domingo do mês de maio para pedir perdão às suas mães. Não esperem por esse único dia para amá-las de maneira muito especial. Honre-as e ame-as hoje ainda e todos os dias, sempre! Agora. Porque o segundo domingo de maio pode não chegar, e não dar tempo de desfazer o véu da amargura, inimizade e ingratidão.
Pode ser tarde e você sentir muita falta daquela que sempre te ajudou e esteve ao seu lado. Daquela que o SENHOR DEUS escolheu para te trazer ao mundo, que sofreu o período de gestação, que amamentou durante um tempo; que deixou de ter as coisas para si mesma para que o filho tivesse no lugar dela. Pense nisso: pode ser muito tarde.
Só quem já perdeu a sua mãe sabe a falta que ela faz. É um vazio impreenchível, insubstituível no plano terreno. Honre, valorize, dê o seu melhor para a sua mãe enquanto ela ainda está com você.
Mas, se você ainda não alcançou o verdadeiro AMOR, que é DEUS, se ainda não sabe amar e honrar a sua mãe como DEUS ordena, que, ao menos, respeite-a. Isso já trará algum alívio e alento ao coração dela…
Em CRISTO,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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