Vou proferir o discurso mais antipopular da minha vida: “ESPOSAS, SEJAM SUBMISSAS AOS SEUS MARIDOS!”. Se eu vivesse em outro país, com outro regime, certamente correria um sério risco de ser condenado à morte. Mas, aqui, no Brasil, no máximo, serei ignorado, escarnecido, motivo de zombarias, apedrejado e morto de outra maneira.
O ato de uma mulher casada se sujeitar ao seu marido a torna uma princesa. E, por isso, a sujeição foi atribuída por DEUS como missão maior às mulheres (Efésios 5:22; Colossenses 3:18; Tito 2:5; 1 Pedro 3:1). A submissão tem o formato e a alma da mulher. É inerente a ela.
A submissão também traz em si um registro civil, a marca de um caráter feminino: Sara. Esse nome, no hebraico, significa “princesa”. A submissão é de Sara, assim como de todas as mulheres que renasceram para serem suas filhas espirituais. A submissão é de DEUS.
“Como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem, e não temendo nenhum espanto” (1 Pedro 3:6).
É difícil e pouco atrativo escrever sobre um tema tão desprezado, tão fora de tempo, como este. Especialmente em um mundo de almas liberais, libertinas e independentes. Almas que acordam e tomam decisões próprias, autônomas, sem consultar a ninguém.
Aliás, se há uma coisa mais ridicularizada em nosso tempo, essa se chama: a hierarquia estabelecida por DEUS aqui na terra. Há pessoas que nem sabem que ela existe. A submissão é o perfeito cumprimento e respeito a essa hierarquia.
Por isso, me vejo falando ao vento, escrevendo aos pássaros, sempre quando trato deste tema. Mas os ventos e os pássaros vêm até mim para me ouvir ou ler o que estou produzindo. Quisera viver em um tempo de mulheres extremamente submissas a homens zelosos pelo SENHOR. DEUS sabe porque ainda estou vivo e batendo nessa mesma tecla nos dias de hoje…
Sujeitar-se a um homem em um tempo onde, este, ao invés de amar a sua mulher, tem-na maltratado, agredido, assassinado, só pode ser utópico, extremamente irreal. É bem verdade que a palavra feminicídio soa como algo bem recente.
No Brasil, virou lei somente em 2015. A multiplicação de morte de mulheres (mais de 90% por casos passionais) é, claro, a justificativa para que isso tenha acontecido. A intenção do Estado foi a de punir o agressor, tentá-lo intimidar através de uma pena. Mas as mulheres continuam morrendo como formigas nas mãos dos seus companheiros. São como pétalas de rosas arrancadas do seu corpo e pisadas por eles.
Toda forma de violência, contra quem quer que seja, é, indubitavelmente, ridícula, reprovável; mas quando se trata da violência contra grupos sociais frágeis (na essência, na estrutura física), como mulheres, crianças, idosos e deficientes, ela se torna mais abominável ainda, porque deixa entrever mais uma característica peculiar do agressor: a covardia. Ele se torna um violento covarde.
A meu ver, a raiz do feminicídio aponta para uma questão impossível juridicamente de ser resolvida: a completa ausência de DEUS na alma dos seus autores. E para isso não há lei humana que consiga resolver. Nem mesmo se criassem a pena de morte ou a prisão perpétua esse mal conseguiria ser evitado. Um espírito tortuoso (que gera comportamentos delitivos) não se endireita pela ação do homem, mas de DEUS.
Só JESUS tem o poder de eliminar o mal na vida das pessoas. Não estou falando em levar as pessoas a frequentarem a denominação religiosa A, B ou C (porque até nelas há tipos de violência); mas em elas serem verdadeiramente transformadas por DEUS em seu íntimo.
Penso que o verdadeiro processo de mudança interior se dá paralelamente a uma mudança de religião ou prática religiosa. Só no Brasil há mais de 40 mil denominações religiosas oficialmente registradas. Há uma outra grande quantidade não registradas.
Se o problema da violência passasse necessariamente por isso, só os que estariam fora dessas denominações cometeriam violência. E, acaso, isso é verdade em nosso meio social? Outro dia, li no jornal que um homem assassinou a sua esposa porque esta quis se separar dele. Constava também que ambos eram assíduos frequentadores da Assembleia de Deus.
Em outro caso, ouvi de uma mulher que, durante os mais de 20 anos de casamento com um homem, viveu debaixo de opressão, maus tratos. Detalhe: ambos pertencentes à denominação Adventista e ele até possuidor de cargo lá dentro. E o que dizer da infinidade de pastores que traem as suas esposas?
A Bíblia traz a solução para quem vive um casamento conflituoso: a separação. Imaginemos uma mulher cristã que está casada com um homem ímpio, não cristão.
O casamento está enfrentando uma crise enorme. Consideremos também que a mulher não é uma esposa rixosa, briguenta, mas que tem se sujeitado ao marido como manda a Palavra de DEUS.
O marido, aproveitando-se dessa sujeição, a trai constantemente. As brigas começam a se tornar constantes. Há uma caracterização clara e explícita do jugo desigual. Até que o marido diz que não quer mais continuar casado.
Observemos o conselho apostólico para a igreja cristã: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste acaso o irmão ou irmã não estará sujeito à servidão; mas Deus nos chamou para a paz” (1 Coríntios 7:15). O termo apartar, no grego, significa separar-se.
Como vimos, a realidade específica desse versículo se dá em um casamento entre um crente com um ímpio (em linhas gerais, a diferença maior entre uma pessoa crente e uma não crente é a fé e o temor em JESUS CRISTO que a primeira possui. Não se restringe, portanto, em fazer parte de alguma denominação religiosa).
O cônjuge não crente, por seus motivos, não quer o casamento de maneira alguma com a parte crente. Para evitar, por exemplo, que a esposa cristã venha a sofrer maus tratos, violência, e perder a sua paz, no futuro, ela deve aceitar essa separação.
Mas um detalhe muito importante: a manutenção dessa paz e a condição de mulher cristã dependerá de como ela se comportará depois da separação. Se passar a agir como as mulheres do mundo agem nessa circunstância, estará se tornando igual a elas; ou seja, perderá a condição de mulher cristã.
Se for cristã de verdade, não cessará de orar pela vida dele, demonstrando, com isso, que reconhece a submissão a ele mesmo depois de separada. A oração contínua é a única maneira do exercício da submissão após uma separação.
A mulher que ora pela vida do seu legítimo marido, que está entregue e cego pelo pecado, é uma princesa submissa aos olhos de DEUS. É uma filha de Sara, cuja beleza está encoberta em seu coração:
“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, SE ALGUNS NÃO OBEDECEM À PALAVRA, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra, CONSIDERANDO A VOSSA VIDA CASTA EM TEMOR. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; MAS O MARIDO ENCOBERTO NO CORAÇÃO, no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres QUE ESPERAVAM EM DEUS, E ESTAVAM SUJEITAS AOS SEUS PRÓPRIOS MARIDOS; como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; DA QUAL VÓS SOIS FILHAS, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto” (1 Pedro 3:1-6).
O texto acima é um mandamento de DEUS para as mulheres esposas cristãs em primeiro casamento. Ele precisa ser estudado com cuidado e responsabilidade. Nele também, como no texto do apóstolo Paulo aos Coríntios, há uma situação muito parecida: esposas cristãs casadas com maridos ímpios. No de Paulo, o ímpio pede a separação, diz que não quer mais viver com a esposa.
No de Pedro, igualmente, o marido não obedece à Palavra de DEUS, mas atribui ao comportamento da esposa o recebimento do milagre: PELO PORTE DE SUAS ESPOSAS, ESTES MARIDOS SEJAM GANHOS PELO SENHOR DEUS SEM QUE AS ESPOSAS ABRAM A BOCA PARA ELES, ou seja, somente no silêncio da oração.
E que a vida dessas mulheres seja irrepreensivelmente casta (aquela que impõe abstinência total de contato sexual com outros homens por temor a DEUS). Então, mesmo separadas, essas mulheres continuam puras e santas, se mantiverem essa posição: o marido encoberto em seus corações.
Isso é atribuição de mulheres que não desistem dos seus casamentos lícitos. Mas as que desistem farão exatamente o contrário: não orarão mais; preocupar-se-ão somente com a beleza; casarão de novo e se deitarão com outros homens, perdendo a feição de princesa aos olhos de DEUS.
A sujeição é uma das bênçãos mais valiosas que DEUS deixou para as esposas cristãs. Mesmo depois de separadas, essa sujeição tem o poder de restaurar casamentos lícitos. Perder o caráter da sujeição é um mal quase irreparável, porque significa ignorar um dos importantes atributos do SENHOR DEUS na vida das mulheres e que pode levá-las a caminhos tortuosos, longe da presença do Espírito Santo.
Quanto mais se despreza a sujeição bíblica, mais distante se faz dos desígnios de DEUS. Mesmo em um tempo tão mundano, tão perdido, tão distante das atribuições de PAI, que você, mulher, cristã, casada, virtuosa, princesa, embora separada, não permita que essa sujeição nem diminua nem desapareça dentro de você.
No Amor de DEUS,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
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