O amor é a mais nobre atitude que um ser humano pode ter. O amor evita as inimizades, intrigas, guerras e o repúdio em qualquer expressão do relacionamento entre as pessoas.
Quando amamos o nosso próximo, reconhecemo-nos semelhantes a ele; e mais que isso: reconhecemos o Amor de DEUS pela nossa vida.
DEUS nos ama porque ELE é o próprio Amor. Provamos que somos nascidos de DEUS e O conhecemos amplamente quando amamos a todos indistintamente: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus, e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor” (1 João 4:7-12).
Há algumas informações preciosas no texto acima:
1) DEUS amou pecadores, pessoas que O desagradavam deliberadamente, que não queriam saber DELE. O Amor de DEUS pelo mundo gerou esperança de regeneração aos perdidos, aos que viriam a crer nesse amor. Mesmo conhecendo uma humanidade rebelde, desobediente, desde o primeiro pecado, passando por todo o tempo antigo dos patriarcas, reis, profetas, o SENHOR, ainda assim, não desistira de salvar a mim e a você, e a todos quantos cressem no Seu Nome. Nós, em nossa natureza pecaminosa e desobediente, não queríamos ser salvos por ELE nem conhecermos o Seu Amor. Mas, ainda dessa maneira, o SENHOR não desistiu de nenhum de nós. Antes, preferiu e prefere sair da simplicidade óbvia: amar apenas aqueles que declaram amor a ELE.
2) O exercício do Amor de DEUS produziu algo concreto, manifestado através de uma referência visível: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). JESUS saiu da Sua glória eterna e se fez homem entre nós. Todos viram o Filho de DEUS como homem nessa terra. JESUS morreu em uma cruz, sem pecado algum, e todos assistiram àquela cena. Àqueles que já creram e perseveram em Seu caminho, DEUS diz: “Vejam que grande Amor tenho EU por suas vidas. Eu os resgatei do mundo, os remi e os sustento com a minha destra forte”. Àqueles que ainda não creram, ELE também manda um recado: “Meu Amor continua disponível para vocês, que insistem em não serem meus filhos amados. Eu não desistirei da vida de nenhum de vocês”.
3) Se quisermos ser filhos DELE, DEUS ordena que amemos desse mesmo jeito qualquer um ao nosso redor. Por que DEUS exige que amemos o próximo independentemente do ele nos faça? Porque precisamos entender e aceitar que, mesmo possuindo o Espírito de DEUS em nós, continuamos a desagradá-LO, a entristecê-LO, e nem por isso o SENHOR desiste de nos amar. Nós desagradamos a DEUS e, mesmo assim, ELE nos ama. Não somos merecedores desse Amor. Se o próximo nos desagradar, ainda assim devemos amá-lo. O verdadeiro Amor não julga merecimento nem espera reconhecimento. Por isso, devemos amar principalmente aqueles que nos fazem mal, que nos desagradam e frustram as nossas expectativas.
A desistência da vida de quem quer que seja é a maior prova do nosso desamor e de que ainda não somos nascidos de DEUS nem O conhecemos. Leia, agora, uma declaração do apóstolo Paulo acerca desse Amor:
“Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas DEUS prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:6-8).
Talvez você até tenha coragem de morrer pelo seu herói aqui na terra; morrer por um amigo-irmão, ou mesmo pelo seu pai, sua mãe, por um filho, ou qualquer outro parente mais achegado. Mas, morrer por alguém que te fere, que te causa dor, ninguém se atreveria.
Morrer aqui significa pôr a vida em sacrifício; sacrificar-se por amor a alguém que não mereça. Pois foi isso que Paulo afirmou: que JESUS deu a Sua própria vida por amor de nós, ainda quando éramos escravos do pecado. É exatamente esse Amor que DEUS quer que amemos uns aos outros.
Quando amamos dessa forma, geramos esperança de redenção, de restauração, na vida de um perdido, rebelde, desobediente.
Amar assim é muito mais que um dever cristão; é um Mandamento de JESUS para a nossa vida: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15:12) (grifo meu).
Observe: não pode ser de qualquer jeito nem qualquer expressão de amor que consideramos correta. O nosso amor ao próximo deve possuir uma referência clara e exata: o Amor de DEUS por nós.
Há muitas pessoas deixando de amar, de conviver, quando o próximo magoa, fere, entristece a alma. A maior expressão do desamor é a desistência, o repúdio. Se quisermos ser aperfeiçoados no AMOR, precisamos estar preparados para viver situações adversas, negativas.
Esse grau de experiência é possível para o ajuste, o crescimento e o fortalecimento do relacionamento. É por essa razão também que muitos casais precisam passar por dificuldades financeiras, crise de identidade, lidar com o aborrecimento e o pecado do outro. E não só como casal dentro de um lar, mas em qualquer nível de relacionamento, especialmente como igreja.
Dar às costas, quando percebemos adversidades, não é atitude de quem é nascido de DEUS. E por que comumente estamos a repudiar aqueles a quem reputamos imerecedores do nosso amor? Exatamente porque nos sentimos em um nível de perfeição maior que o do outro.
Consideramo-nos tão certinhos e perfeitos que, toda pessoa, que não atingir as nossas expectativas individuais, será digna de ser rejeitada, abandonada por nós. Mas, lembramo-nos: no Amor, nosso nível de tolerância deve ser ilimitado.
Muitas esposas e maridos hoje se encontram em profundo deserto espiritual porque foram abandonadas (os) pelo desamor dos seus cônjuges. Mas, mesmo em um deserto espiritual, tais esposas e maridos estão a julgar o próximo, a repudiá-lo, a estarem apenas em lugares e com pessoas que lhes são convenientes. Isso não é Amor.
Até aqueles que foram repudiados pelo desamor ainda não aprenderam a amar o semelhante. A saída de um deserto espiritual representa o conhecimento e a prática do grandioso e perfeito Amor. Quando DEUS percebe que aprendemos a amar verdadeiramente o outro durante a caminhada no deserto, ELE nos tira de lá.
Porque quem volta para casa sem o conhecimento do Amor, termina por sair outra vez. E quem volta a conviver com um cônjuge falho, sem também ter experimentado esse conhecimento, tem um nível de tolerância próximo de zero; e as crises e o desejo de repúdio voltam a acontecer.
Vamos relembrar as quatro características do verdadeiro Amor: 1) ELE TUDO SOFRE. 2) ELE TUDO CRÊ. 3) ELE TUDO ESPERA. 4) ELE TUDO SUPORTA (Referência a 1 Coríntios 13:7).
SOFRIMENTO, FÉ, ESPERANÇA E FORÇA são as quatro preciosas virtudes de quem ama.
Foi e é assim que o SENHOR nos ama. ELE não desistiu de nos amar. Continuamos a ser tão falhos, tão pecadores, tão desobedientes a Sua Palavra, mas, ainda assim, ELE nos ama, não desiste de nós e nos aperfeiçoa no Seu Amor.
Tem uma música, que gosto muito, de um cantor católico romano, Ricardo Sá, que diz: “O amor é decisão, e eu decidi te amar”. Não espere para amanhã.
Decida hoje mesmo amar o perdido, aquele que te faz mal, o que está constantemente a te ferir na face. Ame-o!! Para que o Amor de DEUS seja abundante em sua vida.
Que o SENHOR nos abençoe!
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
Comentários
Nenhum comentário ainda.