Estreou ontem, dia 21 de julho, na Rede Globo de Televisão, a novela Império, a mais nova trama do horário das 21 horas.
Confesso que nunca, em toda a minha vida, parei para acompanhar qualquer novela, independentemente do canal em que esteja sendo exibida. Talvez por uma questão mais de impaciência (como justificar um ex-colecionador de filmes raros no Brasil não gostar também de assistir a filmes?) do que propriamente por nojo dos conteúdos apresentados.
Porém, ontem, eu quis assistir à estreia de Império. Minha curiosidade residia na aparição do mais novo ator global Hugo Esteves, um jornalista paraense, radicado há muitos anos em Recife, e que por muito tempo apresentou o bem assistido jornalístico local NE TV, 2ᵃ edição. Hugo, um artista muito querido em Pernambuco, fora casado pela lei dos homens com a também jornalista Magda Wacemberg, de quem está separado há mais de 15 anos. Magda se convertera à religião protestante e, desde então, testemunha nos templos o desejo de ter o casamento restaurado com o marido. Na trama das 21 horas, Hugo fará o papel de um ourives chamado Patrício.
Para surpresa minha, logo no primeiro capítulo deparo-me com uma situação diabólica: Eliane é casada com Evaldo, o qual recebe em sua casa, no Rio de Janeiro, o irmão José Alfredo, saído do Nordeste para tentar uma melhor condição de vida na cidade carioca. Não demora, o Zé Alfredo cobiça a esposa do seu irmão que, vulnerável ao assédio, logo cai nos braços do outro. Arquitetam então a fuga, a destruição familiar, o repúdio; que só não se consolidou no capítulo de ontem porque a irmã da Eliane entrou na história e interviu contrariamente ao plano diabólico dos dois. Eliane encontra-se grávida (não se sabe ao certo se do marido ou se do cunhado) e continua a dormir ao lado do marido, mas com pensamentos constantes no outro.
Embora saibamos que o fio da narrativa se baseia nos fatos recorrentes da realidade brasileira e mundial, a emissora de TV não precisava apresentá-lo como algo normal e comum, mas poderia ter explorado o tema adultério intrafamiliar como sendo algo prejudicial e nocivo ao caráter de quem pratica. Com o direcionamento de ontem, sem nenhum viés educativo e proveitoso, muitos se sentirão estimulados a fazer e a viver o mesmo.
Uma novela se reume a isso: além de representar uma realidade trágica do cotidiano das pessoas, representa-a de forma estimulante, positiva; e não de maneira repugnante, que deveriam fazer as pessoas pensarem sobre as tristes consequências que se escondem por trás de quem trai e repudia um lar, por exemplo; ou mesmo um incentivo para que as pessoas recuem da ideia do abandono familiar ante alguma crise que estejam enfrentando. Mas seria demais esperar um manancial de águas doces saído de fontes amargas. Jó, em um dos capítulos do livro que recebe o seu nome na Bíblia, indaga: “Quem do imundo tirará o puro?” (Jó 14:4). A resposta a essa pergunta é dada pelo apóstolo Tiago: “Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce” (Tiago 3:12). A receita maior, para conhecer o coração de cada um, fora dada por JESUS no Sermão do Monte: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus” (Mateus 7:16-17).
Pelas palavras do Nosso SENHOR, a Rede Globo, com seus núcleos novelísticos, é uma árvore má, que presta que desserviço à sociedade e à estrutura familiar. Final do ano, ela vem com a Campanha Criança Esperança, pedindo doações financeiras, como se estivesse querendo mascarar todo o mal que produziu ao longo do ano no seio familiar. A Globo não educa; antes deseduca e estimula, de forma sutil e indireta, às práticas nocivas à destruição das famílias. Não bastassem os beijos na boca entre pessoas do mesmo sexo, agora apresenta, longe de uma perspectiva reprovável, o adultério entre os próprios familiares. Enquanto há milhares de cristãos lutando pela restauração dos seus lares destruídos e cônjuges que estão aprisionados nas correntes do adultério, ela surge na contramão do que é correto, justo, santo e verdadeiro.
Como cristão, fica o meu repúdio e o meu incentivo para que nenhum cristão perca seu tempo diante das tramas novelescas de qualquer canal de televisão. Antes, ore, jejue e medite na Palavra do SENHOR, porque ela é alimento para a alma, edificação do espírito e a bússola que nos fará mais próximos do Reino de DEUS.
Em CRISTO,
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
Comentários
Nenhum comentário ainda.